Primeira adaptação do Juiz Dredd para os cinemas foi massacrada na época do lançamento, mas resiste bem a uma revisão
- por André Lux, crítico-spam
O Juiz Dredd é um personagem dos quadrinhos, criado por John Wagner e Carlos Ezquerra, que já rendeu duas versões para as telas dos cinemas.
A ação das histórias do Juiz se passa num futuro distópico, após uma guerra nuclear que deixou a maior parte do planeta devastada por radiação, onde os humanos sobreviventes se aglomeram em gigantescas mega-cidades que vivem sob o julgo de um sistema penal totalitário e fascista, no qual os policiais tem poder absoluto de polícia, júri, juiz e executor. O melhor deles é justamente Dredd, o mais impiedoso e rígido, fruto de uma experiência de clonagem.
O que atrapalha o filme acaba sendo justamente a presença de Stallone, cuja canastrice até ajuda na caracterização. Apesar de ficar perfeito no uniforme (especialmente graças ao seu enorme queixo), ele ainda recebia tratamento de estrela e exigiu várias mudanças no roteiro, inclusive poder disparar aquelas frases cômicas infames que estavam na moda na época, mas que destoam completamente do personagem. Embora nos quadrinhos exista bastante humor (negro), ele nunca vem de Dredd, que é mortalmente sério.
O Juiz Dredd é um personagem dos quadrinhos, criado por John Wagner e Carlos Ezquerra, que já rendeu duas versões para as telas dos cinemas.
A ação das histórias do Juiz se passa num futuro distópico, após uma guerra nuclear que deixou a maior parte do planeta devastada por radiação, onde os humanos sobreviventes se aglomeram em gigantescas mega-cidades que vivem sob o julgo de um sistema penal totalitário e fascista, no qual os policiais tem poder absoluto de polícia, júri, juiz e executor. O melhor deles é justamente Dredd, o mais impiedoso e rígido, fruto de uma experiência de clonagem.
A primeira versão para os cinemas, "Judge Dredd" ("O Juiz" no Brasil), foi vivida por Sylvester Stallone, o eterno Rambo, e dirigida por um garoto de 26 anos chamado Danny Cannon, em 1995. Apesar de ter sido rejeitado pela maioria dos fãs do personagem, o filme não é ruim. Pelo contrário.
Tem efeitos especiais bacanas para a época, excelente música de Alan Silvestri (dos "De Volta Para o Futuro" e "Predador"), fotografia requintada de Adrian Biddle e um desenho de produção muito bonito, com direito às armaduras dos juízes criadas pelo famoso estilista Gianni Versace.
Tem efeitos especiais bacanas para a época, excelente música de Alan Silvestri (dos "De Volta Para o Futuro" e "Predador"), fotografia requintada de Adrian Biddle e um desenho de produção muito bonito, com direito às armaduras dos juízes criadas pelo famoso estilista Gianni Versace.
Canastrice e queixo de Stallone são perfeitos para Dredd |
Os fãs reclamam até hoje do fato de Dredd tirar o capacete no filme, algo que jamais faz nos quadrinhos. Mas, sinceramente, isso não me incomoda simplesmente porque na trama contada pelo filme, que o mostra sendo injustamente acusado de um crime e enviado à prisão, não teria mesmo como ele ficar usando ele o tempo todo.
Confesso que não conhecia o personagem quando assisti nos cinemas, mas minha apreciação ao filme aumentou ainda mais depois que passei a acompanhar os quadrinhos, já que descobri que o roteiro faz uma salada bastante interessante das origens de Dredd com outros personagens clássicos.
Além disso, conta com um elenco de apoio muito bom, com direito a Max Von Sydow (como o Juiz Fargo), Jurgen Prochnow, Diane Lane, Joan Chen e um Armand Assante que praticamente mastiga o cenário com sua interpretação over do juiz Rico.
Armand Assante, como Rico, praticamente mastiga o filme |
"Judge Dredd" também não tem medo de colocar o dedo na ferida e mostrar o quanto a "justiça" fascista daquele mundo é perigosa e absurda, ao colocar o próprio Dredd como vítima do sistema que ele até então defendia com unhas e dentes, sem questionar (algo que os próprios quadrinhos abordam raramente).
O que atrapalha o filme acaba sendo justamente a presença de Stallone, cuja canastrice até ajuda na caracterização. Apesar de ficar perfeito no uniforme (especialmente graças ao seu enorme queixo), ele ainda recebia tratamento de estrela e exigiu várias mudanças no roteiro, inclusive poder disparar aquelas frases cômicas infames que estavam na moda na época, mas que destoam completamente do personagem. Embora nos quadrinhos exista bastante humor (negro), ele nunca vem de Dredd, que é mortalmente sério.
O grande Max Von Sydow como Fargo: coadjuvante de luxo |
Mas é pouco para estragar a diversão. Esse é o tipo de filme que resiste bem a uma revisão, mesmo ficando datado em certos aspectos. Neste caso, os fãs estão errados!
Cotação: * * * 1/2
5 comentários:
André, qual a sua opinião sobre o filme Forrest Gump?
Acho um bom filme.
Só isso?Eu vi no wikipedia que algumas pessoas acusaram o filme de ser propaganda da direita, na questão meritocracia,apesar de que eu também acho um filme muito bom.
Pelo contrário, acho que se o filme tem uma mensagem é a de que nos Estados Unidos quanto mais idiota for o sujeito, mais chance tem de se dar bem...
Eu vi o filmei e percebi a mesma coisa, ainda mais o país que já teve um secretário de defesa chamado Donald, e um presidente pateta que quebrou o mundo(quebrar um país de 3º mundo 3 vezes é para os fracos, o negócio mesmo é quebrar o mundo)
Postar um comentário