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sexta-feira, 19 de junho de 2020

"Mad Max 2" é o melhor filme de ação de todos os tempos!



Produzido em 1981, longa continua a impressionar pela qualidade das cenas de perseguição e trombadas, sem dúvida as mais bem feitas do cinema. Música de Brian May é um dos maiores destaques.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Filmes: A LIGA EXTRAORDINÁRIA



LIXO EXTRAORDINÁRIO

Mais um filme de fantasia pavoroso que tentam salvar enfiando um monte de efeitos visuais exagerados

- por André Lux


Houve um tempo em que filmes de aventura e fantasia tinham que ser fortemente baseados em bons roteiros, direções inventivas e interpretações vigorosas caso contrário virariam motivo de chacota, já que naquela época não havia tecnologia disponível para grandes tomadas com efeitos visuais. Isso antes do advento da computação gráfica, recurso que (como toda inovação) pode tanto ser usado para o ‘bem’, quanto para o ‘mal’. Infelizmente, diferente de obras como O SENHOR DOS ANÉIS de Peter Jackson, essa A LIGA EXTRAORDINÁRIA é só mais um exemplo de um filme mal feito que tentam salvar inserindo centenas de tomadas geradas em computador.

O que não deixa de ser uma pena, já que a premissa é até interessante: pretende reunir vários personagens famosos da era Vitoriana inglesa - o Homem Invisível, Allan Quartermain (de ‘As Minas do Rei Salomão’), Capitão Nemo (de ‘Vinte Mil Léguas Submarinas’ que aqui virou um tipo de sultão árabe embora o personagem seja indiano!), Dr. Jekyl (que vira Mr. Hyde), Mina (de ‘Drácula’), Dorian Gray (do livro de Oscar Wilde) e Tom Sawyer (criado por Mark Twain) - numa Liga que precisa combater um vilão terrível.

Apesar de ter sido baseado numa obra de Alan Moore (o gênio por trás de grandes quadrinhos como WATCHMEN e V DE VINGANÇA) o roteiro de James Robinson é muito ruim, truncado e não explica nada direito. Pior, tem um monte de furos, como um vampiro que anda à luz do dia e usa um espelho para retocar a maquiagem, além de uma cena ridícula perto do final quando o Homem-Invisível aparece depois de andar pelado numa nevasca para não ser visto!

Mas o que mais incomoda é realmente a ruindade da produção. A começar pela fotografia escura e sem colorido. O desenho de produção também é pavoroso, tendo como ponto mais baixo o submarino Nautilus, uma total aberração tanto em termos de design como concepção (é ridiculamente gigantesco sem necessidade e super avançado, chegando até a lançar mísseis – isso em 1890!).

O astro Sean Connery (aqui no papel de Allan Quartermain, que assina também como produtor executivo) brigou feio com o diretor Stephen Norrington (do também ruim BLADE – O CAÇA VAMPIROS) durante as filmagens. E, a julgar pelo que se vê na tela, o ator tinha razão. A direção de Norrington é péssima, sem rumo, deixa os atores perdidos ou descontrolados (a má vontade de Connery com o projeto fica evidente em sua atuação burocrática e infelizmente esta foi sua última aparição nas telas), cheia de enquadramentos ruins e falhas gritantes. Há, por exemplo, uma cena no mar enquanto o Nautilus deslancha a uma velocidade absurdamente alta, enquanto os atores aparecem na torre de comando conversando ao ar livre sem que haja qualquer vento ou mesmo movimento no oceano atrás deles!

São erros toscos como essa que deixam o filme quase insuportável, ainda mais quando tentam consertar isso (ou será disfarçar?) enfiando um monte de efeitos visuais exagerados e apelando para uma edição rápida cheia de cortes bruscos que deixa as lutas e cenas de ação ininteligíveis. Se não bastasse tudo isso, ainda existem tentativas de se fazer humor com aquelas infames piadinhas fora de hora e um monstro ridículo (o Mr. Hyde), que conseguiu ser ainda pior que o lamentável HULK, do Ang Lee. A única coisa boa do filme é a música composta por Trevor Jones, mas é praticamente inaudível durante a projeção já que foi a mixagem a enterrada em baixo dos efeitos sonoros.

Sinceramente, não dá pra ver esse LIGA EXTRAORDINÁRIA nem como comédia involuntária (daquelas que como o acima citado HULK fazem rir nas horas erradas), de tão aborrecido e irritante que é. Quando vemos um filme horroroso como esse é que percebemos o quão bons são X-MEN, de Bryan Singer, ou SUPERMAN, de Richard Donner. Melhor revê-los do que perder tempo como esse ‘Lixo Extraordinário’!

Cotação: *

sexta-feira, 12 de junho de 2020

“Meu Rei” traça um retrato do narcisista perverso e de como destroem suas presas


Ações do abusador são tão brutais que impedem que a vítima reaja e causam Estresse Pós-Traumático Complexo, Depressão, Ansiedade e até suicídio

- por André Lux, jornalista e psicanalista

“Meu Rei” é um filme perturbador, difícil de assistir, assim como todos que tem como tema central as criaturas acometidas pelo Transtorno de Personalidade Narcisista, sem dúvida o mais monstruoso dos descritos no DSM, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.

São duas horas de suplício, durante as quais testemunhamos o inferno em que vive Tony (Emmanuelle Bercot), uma mulher frágil e com baixa auto-estima que tem sua vida literalmente destruída depois que se apaixona por Georgio (Vincent Cassel), um homem a princípio sedutor e carinhoso, mas que logo se revela uma narcisista perverso, capaz de abandoná-la quando está pretes a ter um filho. “Resolvi que quero morar sozinho agora, você está muito chata”, anuncia ele como quem diz que vai ao banheiro, demonstrando aí a incapacidade desse tipo de criatura de sentir empatia, compaixão ou remorso - fatores que levam os narcisistas a serem considerados também psicopatas.

O abuso físico e, principalmente, psicológico sofrido por Tony nas mãos do seu ex-marido, que incluem usar o amor dela pelo filho do casal para atormentá-la, levam ela inclusive a tentar se suicidar duas vezes. Por sinal, existe outra personagem no filme, uma ex-namorada dele, que passa o tempo todo orbitando à sua volta a qual ele usa para fazer as famigeradas “triangulações” e “gaslighting” usadas por quem tem transtorno narcisista para enlouquecer ainda mais suas vítimas.

O narcisista perverso usa os filhos para atormentar a vitima
 A cineasta francesa Maïwenn é muito hábil em construir a narrativa que se inicia com a protagonista sofrendo um acidente enquanto esquiava na neve, anos depois de ter sido descartada, porém ainda sofrendo abuso pelo ex-marido, mostrando a concretização da dor psíquica em dor física literal, que é o estágio máximo atingido por quem sofre nas mãos desse tipo de criatura. A partir daí começamos a entender o tormento em que ela vive e somos então apresentados à história de seu trágico “relacionamento” via flashbacks.

Os atores são excelentes, com destaque para o vigoroso Vincent Cassel que como sempre se entrega totalmente ao personagem, alternando charme e sedução com agressividade e crueldade, onde por meio da manipulação e da mentira patológica sempre vira o jogo ao seu favor convencendo a todos (inclusive a pobre Tony!) que ele é a vítima e não o abusador (de longe o maior “super poder” das criaturas narcisistas).

O que mais angustia é justamente a inação da protagonista que, como toda vítima do abuso narcísico, é incapaz de entender como alguém que tanto a “amava” da noite para o dia passa a trata-la como um trapo velho, tornando-se logo seu maior inimigo e capaz de perpetrar as maiores barbaridades contra ela, inclusive leva-la à falência e fazer de tudo para prejudicar a relação dela com seu filho.

As ações do narcisista perverso são tão brutais que impedem que a vítima reaja, tamanha a crueldade e o sadismo delas, algo que simplesmente “frita” o cérebro da pessoa e, além de gerar Estresse Pós-Traumático Complexo, pode levar a um quadro de Depressão, Ansiedade, Síndrome do Pânico e até suicídio.

Infelizmente, este é um assunto pouco estudado no Brasil e é raro encontrar um profissional da saúde mental capaz de ajudar efetivamente uma vítima desse tipo de abuso, sendo que muitos inclusive tratam os pacientes com desdém, fator que pode agravar ainda mais o frágil estado deles. Embora esse tipo de transtorno acometa mais aos homens estatisticamente falando, também podemos encontrar muitas mulheres que o possuem.

“Meu Rei” é um filme que, além de ser ótimo cinema dentro do gênero que se propõe, ainda ajuda a jogar luz sobre essa questão tão importante para a saúde pública. Neste sentido deveria ser obrigatório para quem trabalha com saúde mental, especialmente os estudantes de psicologia, psicanálise e psiquiatria.

Cotação: * * * *

quinta-feira, 11 de junho de 2020

EXPLICANDO PARA QUEM NÃO ENTENDE O ABUSO NARCISISTA

Uma das violências mais terríveis a que alguém pode ser submetido é o abuso realizado por narcisistas patológicos, algo que muitos profissionais da saúde mental desconhecem e tratam com desdém até, agravando ainda mais a situação das vítimas.






terça-feira, 9 de junho de 2020

Luto: Jundiaí perde Josette Feres


- Por ARIADNE GATTOLINI no jornal de jundiaí

A musicista Josette Silveira Mello Feres faleceu nestas segunda (8), em decorrência de problemas de saúde.

Ela ficou internada somente um dia após se sentir mal em sua residência.

Josette Feres fundou a Escola de Música Jundiaí (EMJ), em 1971. Formada em música, ela foi aluna de Villa-Lobos e criou o primeiro método de ensino de música a bebês. Sua pedagogia foi levada a diversos países e era uma das autoras brasileiras mais acessadas e consultadas no meio musical.

Graças à pedagogia própria, Josette Feres formou grandes expoentes musicais eruditos, que hoje atuam em orquestras em todo o mundo. Seu método é aplicado em diversas escolas, assim como suas músicas, de autoria própria, que seguem sendo executadas em todo o mundo. Josette era uma pessoa simples, dedicada a suas flores e à família. 

Aos 85 anos, ainda dava aulas de piano a alunos que pediam para se aperfeiçoar ou conhecer seu método. Comumente, abria sua casa como extensão da Escola de Música Jundiaí e não raro a casa era uma espécie de abrigo, proteção e de encontros musicais.

Sua simplicidade era levada a sua pedagogia diária. Tinha como premissa de vida facilitar o acesso às partituras, desmitificava os métodos difíceis e incansavelmente estudava formas de ensinar que facilitassem a vida dos alunos. Foi uma das precursoras da inclusão educacional, formando muitos alunos com deficiência. 

Era incansável ao defender a música como propulsora de mudança social e a queria nas escolas públicas, desde que com qualidade. Deixa o marido Samy e os filhos Roberto, Renato, Sônia, Cláudia e Luciana, centenas de alunos, amigos e fãs.