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sábado, 4 de abril de 2020

“Ameaça Profunda” mistura “Alien” e “O Segredo do Abismo” com resultado irregular


Apesar dos defeitos e dos clichês, é perfeitamente desfrutável dentro do gênero "terror sub-aquático"

- por André Lux

“Ameaça Profunda” foi massacrado pela crítica e passou em branco nos cinemas, porém não chega a ser ruim. É mais um filme de terror com monstros, mas que se passa no fundo do mar e, por isso, bebe de diversas fontes, principalmente “Alien”, “O Segredo do Abismo”, “Leviathan”, “Pandorum” e “Deep Rising”, entre outros.

Confesso que gosto bastante de filmes de monstro, embaixo da água então, melhor ainda. O grande problema deste filme é que ele começa muito mal, em plena ação, já de cara com o acidente que destrói a estação sub-aquática enquanto alguns personagens tentam escapar e sobreviver.

Se fosse um filme como “Pandorum”, onde o que importa é a revelação final de quem são e de onde vieram aquelas criaturas que infestavam a nave, tudo bem. Não haveria necessidade de apresentar os personagens, nem criar conexões entre eles, já que o foco narrativo estaria fora e eles serviriam apenas para reforçar o clima de mistério e irracionalidade da trama.

Mas “Ameaça Profunda” não vai por esse caminho. Embora contenha sim criaturas desconhecidas, não são elas nem suas origens que servem de esteio à obra, mas sim o drama dos personagens em sua luta para sobreviver ao desastre e aos ataques dos monstros. Só que como não fomos apresentados a eles de maneira apropriada, tudo soa muito superficial e aí fica difícil nos identificarmos com seus problemas e medos.

O elenco é encabeçado pela fraquíssima Kristen Stewart, de “Crepúsculo”, que deveria funcionar como uma Ripley, de “Alien”, mas acaba sendo um peso morto devido à sua total falta de expressão e empatia. O comediante T. J. Miller, de “Deadpool”, tenta em vão fazer graça, porém só consegue irritar com suas piadinhas fora de hora. O único que deixa alguma impressão é o experiente Vincent Cassel, como o Capitão, pena que não tem muito o que fazer, inclusive há uma sub-trama onde ele pode saber mais do que aparenta, mas que não chega a lugar algum.

O filme é prejudicado também pelo excesso de clichês do gênero e por uma fraca trilha musical composta por Marco Beltrami e Brandon Roberts, desprovida de melodia e que só serve para provocar desconforto. Compare, por exemplo, com as sensacionais partituras que Jerry Goldsmith compôs para “Alien” e até mesmo para o fraco “Leviathan”.

*CONTÉM SPOILERS a partir daqui*

A única coisa interessante do filme é a caracterização do “chefão” das criaturas que é uma representação do famoso monstro Cthulhu, da obra do mestre do horror H.P. Lovecraft, segundo o próprio diretor de “Ameaça Profunda” revelou em uma entrevista


Mas, sinceramente, podia ser qualquer coisa, pois nem mesmo conseguimos ver direito a criatura já que a fotografia é muito escura e borrada, o que prejudica demais o resultado final. Na maior parte do tempo mal conseguimos ver o que se passa na tela, principalmente nas cenas de ataque dos monstros na água. 

Pela minha análise o filme parece pior do que realmente é. Apesar de todos os defeitos, é perfeitamente desfrutável dentro do gênero, é bem feito e até prende a atenção se você conseguir perdoar os sustos manjados.

Cotação: * * *

Um comentário:

Luiz Gomes disse...

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