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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Filmes: "Guerra Mundial Z"

ZUMBIS A SÉRIO
 
Filme consegue a proeza de não agradar ninguém. Quem não gosta do gênero, vai fugir. Já os fãs vão achá-lo muito leve.
 
- por André Lux, crítico-spam
 
É incrível como evoluíram os zumbis (ou mortos-vivos como eram chamados antigamente). Nos primeiros filmes em que apareceram, andavam bem devagar, com os braços esticados e gemendo. Com o passar do tempo, ficaram mais rápidos e agressivos (“Extermínio” e “The Walking Dead”), mas nada perto dos velocistas desse “Guerra Mundial Z”, certamente o mais caro filme de zumbi feito até hoje (dizem que chegou a US$ 200 milhões).
 
O filme é baseado num livro de sucesso, que dizem ser muito bom (eu não li), no qual um jornalista refaz a trajetória da guerra contra os zumbis com depoimentos de pessoas ao redor do mundo afetadas pelo conflito. Mas pelo jeito quase nada da obra original foi usada na produção, pois o protagonista, feito por Brad Pitt, é um ex-funcionário da ONU que sai pelo mundo atrás de uma possível cura para a praga que transforma todo mundo que foi mordido em zumbis.
 
E é justamente esse personagem o maior problema do filme. Nunca ficamos sabendo qual é a dele realmente (não é soldado, não é médico, não é cientista). Então, por que diabos um poderoso da ONU faria tanto esforço para resgatá-lo e, mais estranho, iria enviá-lo como líder do grupo que sai em busca de respostas? Esse grupo, por sinal, é ridículo. Quer dizer que a única esperança da humanidade recai sobre um sujeito misteriosos que trabalhava na ONU, um jovem cientista nerd e meia dúzia de soldados?  Fala sério!
 
O filme teve sérios problemas durante a produção, ao ponto de terem refilmado todo o terceiro ato que, originalmente, aconteceria na Rússia e seria recheado de perseguições. Optaram por uma solução mais simples e supostamente mais "claustrofóbica", mas sinceramente achei bem sem graça. Apenas o velho clichê de terem que andar quietinhos num lugar infestado de zumbis e que, obviamente, vão ouvir barulhos e sairão correndo atrás de todos.
 
A verdade é que, no final das contas, "Guerra Mundial Z" não vai agradar plenamente ninguém. Por mais que tentem disfarçar, não passa de um filme com zumbis, só que levado a sério, o que já vai afugentar quem não curte o gênero, principalmente as mulheres (até tentei enganar minha esposa, dizendo que era um filme sobre o "fim do mundo", mas bastou aparecerem os primeiros mortos-vivos correndo que ela falou "Ah não, filme de zumbis não!" e caiu fora).
 
Já os fãs desse gênero vão achar o filme muito leve, já que não tem efeitos sanguinolentos e repelentes que a turma adora. Até porque ele foi todo montado para conquistar uma "censura livre", portanto não tem nada de "gore" e mal se vê sangue. Além disso, tem umas coisas ridículas que poderiam ter sido evitadas, como os zumbis digitais subindo um em cima do outro, como se fossem formigas, até chegar ao topo de prédios e muros bem altos (formigas tem "cola" nas patas, então tudo bem fazerem isso, já humanos, mesmo em estado morto-vivos, não tem como). Para piorar, ainda despencam de cima dos muros e saem correndo na moral. Caramba, imagino que até um zumbi precisa estar com os ossos intactos para poder continuar correndo, não? 
 
Enfim, não chega a ser um desastre e até prende a atenção, mas nada mais que isso.
 
Cotação: * *


 

 

Filmes: "Depois da Terra"

DESASTROSO

Não dá para entender como é que alguém investe dinheiro num produto que obviamente vai ser um fracasso

- por André Lux, crítico-spam

Fazia tempo que eu não via um filme tão desastroso como esse "Depois da Terra", daqueles que falham em todas as suas pretensões e propostas. 

Como filme de aventura é tedioso, como ficção científica é risível e como filme-mensagem é patético. Não funciona nem como comédia involuntária, daqueles que a gente morre de rir nas  horas erradas, tipo "Hulk", do Ang Lee, ou "Yor - O Caçador do Futuro".

Certamente a motivação por trás desse desastre foi a vontade de Will Smith em transformar seu filho Jaden em astro e, de quebra, pregar um pouco das maluquices da Cientologia, espécie de religião-auto-ajuda que ele e várias outras celebridades seguem. Ou seja, não dá para perdoar Smith, que também aparece como o autor da estória, que não é apenas cheia de furos ridículos, como também sai do nada e chega a lugar algum, de tão ruim.

O filme é ainda dirigido pelo maior blefe de Hollywood, M. Nigh Shyamalan, que acertou em "Sexto Sentido" e "Corpo Fechado", mas depois só fez bombas, uma pior que a outra. Sua rejeição pelo público é hoje tão grande que seu nome nem aparece em destaque no cartaz de "Depois da Terra".

No início do filme, que é uma mistura de "Oblivion" com "Jogos Mortais", somos informados que a Terra se tornou inabitável para os humanos que fugiram para outro planeta. Só que lá são atacados por outra civilização que para matar as pessoas jogam de suas naves um monstro cego, chamado de Ursa, que se guia pelo cheiro dos feromônios liberados pelo medo! Como se vê, uma estratégia genial!

Se não bastasse isso, os humanos se defendem das criaturas usando.. bombas, granadas, naves, armas de raio laser, armaduras que escondem o cheiro do medo? Que nada! O lance é enfrentar os bichos de cara limpa com uma espécie de espada ou lança retrátil! Santo besteirol, Batman!


Depois desse prólogo, acompanhamos pai e filho tentando reatar laços indo juntos para uma missão em outro planeta, só que sofrem um acidente e acabam caindo na velha Terra, que segundo o protagonista agora é habitada por seres que evoluíram para uma única função: matar seres humanos! Hein, como assim? Por que fariam isso se nem existem mais humanos na Terra? 

Daí pra frente o filme se transforma numa tediosa jornada pela floresta para achar os destroços da cauda da nave, que está a 100 km de distância, para pegar um sinalizador que vai trazer o resgate até eles.

Will Smith tem uma atuação catastrófica, certamente a pior da sua vida, o que é uma pena, pois até que é um ator simpático. Mas, como todo comediante que não sabe fazer nada diferente de micagens, ele entra no velho módulo de "robô com cara de prisão de ventre" para interpretar alguém que deveria ser rígido e pouco emotivo. Chega a dar dó do coitado tentando fingir que é um ator sério.

Mas triste mesmo é a atuação do seu filho, que chega a ser canhestra especialmente nos momentos em que tem simular medo ou raiva. Sem dúvida um mico total que deve ter jogado suas chances de virar astro para o lixo.

Não dá para entender como é que alguém investe seu dinheiro num produto que obviamente vai ser um fracasso, em todos os níveis. Será que ninguém leu o roteiro antes? Fuja!

Cotação: *