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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Filmes: "O Exterminador do Futuro: A Salvação"

TIRO NA ÁGUA

Como filme de ação e aventura dá para o gasto. Mas tem muito pouco a ver com os “Exterminadores” originais.

- por André Lux, crítico-spam

Não havia necessidade alguma de fazer mais uma continuação de “O Exterminador do Futuro”, filme de ficção científica que hoje é considerado um clássico do gênero e que foi praticamente refilmado com muito mais dinheiro anos depois pelo próprio criador do personagem, James Cameron.

Mas os executivos de Roliudi não têm jeito. Mesmo depois de uma terceira continuação bem fraca e de uma série de televisão (“As Crônicas de Sarah Connor"), eles insistem em inventar um filme que agora se passa no futuro, mostrando o início da luta de John Connor contra as máquinas.

Pior que nem achei esse “Exterminador do Futuro: A Salvação” tão ruim quanto estão dizendo. O filme é bem divertido e cheio de sequências de ação bem produzidas, efeitos especiais decentes e barulhos ensurdecedores (minha esposa saiu do cinema xingando e com dor de cabeça!). Porém, é um tiro na água, pois por mais que inventem, nós já sabemos que o protagonista não vai morrer já que ficou estabelecido nos filmes anteriores que ele vai virar o líder máximo da resistência humana.

Assim, o personagem vivido por Christian Bale (o novo “Batman”) é um peso morto, que se arrasta pelo filme até o final sem graça. Ciente disso, o esforçado ator não tem o que fazer a não ser lutar e fugir dos diversos tipos de máquinas assassinas que o perseguem filme adentro. Nem mesmo a aparição rápida de um Schwarzenneger criado digitalmente chega a empolgar, até porque o diretor McG (dos horríveis “As Panteras”) não consegue fugir daqueles velhos clichês irritantes, do tipo “monstro pega o herói pelo pescoço e, ao invés de mata-lo ali mesmo, joga-o do sobre uma barra de ferro do outro lado da sala”...

No fim, o personagem mais interessante acaba sendo Marcus Wright, feito pelo ator Sam Worthington, que pelo menos carrega um mistério com ele. Mesmo assim, a solução que inventaram para explicar suas ações não foge daquele velho clichê “tudo ocorreu de acordo com o que nós, os vilões, planejamos” que o George Lucas esgotou completamente ao filmar as prequels de Star Wars.

Enfim, como filme de ação e aventura dá para o gasto. Mas tem muito pouco a ver com os “Exterminadores” originais.

Cotação: * * 1/2

5 comentários:

Anônimo disse...

Tirando a história do Marcus não tem mais nada, foi só uma desculpa para o Terminator 5. Não acontece nada com as máquinas e os humanos. Espero que o 5 pelo menos termine com essa história sem fim, se bem que com uma máquina do tempo disponível sempre tem um jeito de ter uma seqüência.

Christian disse...

Dá uma olhada no The Onion, bobinho porém engraçado: http://www.theonion.com/content/news/new_terminator_movie_brings_j_d

abs

Marcus Valerio XR disse...

Digam o que quiserem, mas sempre terei admiração por estórias que explorem o tema do indivíduo que se revolta contra um destino pré-estabelecido.

Num mundo onde tantas pessoas levam a sério perguntas bobas sobre o sentido da vida, é interessante notar o quanto muitos esperam que seu destino lhe seja definido por uma coisa externa, quer seja deuses ou profecias, numa desesperada tentativa de que suas existências tenham significado.

O que muitos esquecem é que nossas existências não raro tem sim um significado pré-definido na cabeça de alguém que tem um plano para nós. Os senhores de engenho tinham um sentido existencial para os escravos, serví-los.

É aqui que entra um bom exemplo de alguém que nasce, no caso renasce, com um destino pronto, e a exemplo de Neo, não tem que gostar disso, e vira o jogo impondo sua própria vontade sobre estados de coisas tirânicos.

Como é que isso passa batido pelas críticas?!

Não é a toa que o Marcus Wright obscurece totalmente os demais personagens.

André Lux disse...

Engraçada essa sua percepção do filme, Marcus. Até porque o que se mostra na tela é o contrário: John Connor não quer fugir de seu destino, mas sim faze-lo acontecer. Essas questões que você levantou, sobre lutar contra algo predestinado, estão no segundo filme, mas tudo foi jogado fora no terceiro, que mostra que não tem como fugir do que já está escrito...

Marcus Valerio XR disse...

Prezado André...

Você não me entendeu, eu estava falando do outro personagem o Marcus Wrigth, que foi 'criado' para cumprir um propósito para o Skynet, mesmo sem ter consciência disso. Ele segue tal propósito inconscientemente, até se dar conta de seu terrível 'destino'. E aí que ocorre a revolução pessoal de que estou falando.

Quanto ao John Connor, concordo com você. A dinâmica No Fate só aparece no segundo filme, e acaba sendo contrariada no terceiro, apesar da tentativa do personagem em mudar seu futuro. Algo similar ocorre na série de TV.

Mas isso leva a outro tópico, das viagens no tempo, que também são uma tentativa de mudar o destino. Só que essa discussão ficaria muito extensa para este espaço.