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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Filmes: "A Lista de Schindler"

MONSTROS HUMANOS

Revisto hoje, filme levanta de forma involuntária a questão de que não estariam hoje os próprios judeus de Israel cometendo as mesmas atrocidades dos nazistas contra os palestinos?

- por André Lux, crítico-spam

Que motivos levaram uma nação que foi berço de alguns dos maiores artistas e pensadores da história a se render a uma ideologia que pregava o ódio e a intolerância? Como podem as diferenças entre seres humanos tornarem-se desculpas para que atos bárbaros sejam cometidos? O que leva uma pessoa aparentemente normal a matar a sangue-frio um semelhante seu como se fosse um inseto?

Não era o objetivo do diretor Steven Spielberg responder a essas perguntas, mas é impossível não formula-las ao final de “A Lista de Schindler”, filme que finalmente deu ao cineasta por trás de “Tubarão” e da série “Indiana Jones” o status de diretor sério que ele tanto queria.

Filmado em preto e branco para, segundo Spielberg, deixar o filme menos insuportável devido à violência gráfica de algumas cenas, “A Lista de Schindler” é construído sobre um ótimo roteiro de Steven Zaillian que mostra com tintas extremamente realistas a perseguição aos judeus na Polônia e sua recolocação no Gueto de Krakow, em 1941, onde famílias inteiras eram amontoadas em pequenos quartos, até a transferência de todos para o infame campo de concentração comandado pelo sociopata Amon Goëth (um impressionante Ralph Fiennes, em sua estréia no cinema).

É impossível não se emocionar com o poder das imagens dirigidas com surpreendente comedimento por Spielberg e captadas magistralmente pela câmera de Janusz Kaminski. As cenas de mulheres, homens e crianças sendo friamente assassinados com tiros na cabeça são de uma crueza insuportável, mas nunca apelativas ou redundantes. Mas o que difere “A Lista de Schindler” de tantos outros filmes sobre o Holocausto Nazista é o caráter profundamente humano e realista que os realizadores conseguiram imprimir à obra, até mesmo ao retratar o monstruoso líder do campo de concentração, Goëth.

Apesar de ser o “herói” do filme, Oskar Schindler (Lian Neeson) é mostrado como um empresário ganancioso e sem escrúpulos que enriqueceu se aproveitando da guerra e do fato que podia usar judeus em sua fábrica praticamente como mão de obra escrava. A princípio ele mantem-se afastado dos horrores que acontecem à sua volta, mas vai gradativamente sensibilizando-se até o ponto de sentir-se obrigado a agir em favor dos oprimidos.

Para tentar ilustrar o ponto da transformação do protagonista, Spielberg construiu duas seqüências chave usando um recurso até certo ponto simples, porém extremamente eficaz: a menina do vestido vermelho que ganha cores por meio de trucagem na pós-produção, vista correndo perdida no meio dos nazistas e, depois, já morta sendo levada para a pilha de cadáveres queimando. É nesta cena que “A Lista de Schindler” atinge seu ápice como obra cinematográfica, numa perfeita fusão de som, imagem, música (uma das obras-primas de John Williams) e interpretação do elenco capaz de arrepiar até o último fio de cabelo do corpo.

A partir daí o filme vira uma corrida contra o tempo, na qual Schindler tenta salvar o máximo de seus empregados que pode, usando para isso toda a sua fortuna. Alguns dos cacoetes do diretor relativos ao uso de crianças como fonte de humor e um certo didatismo desnecessário podem ser encontrados em certos pontos do filme, mas nada que chegue a comprometer o resultado final.

Spielberg só escorrega mesmo quando coloca Schindler tendo um acesso de dor na consciência durante o qual cai de joelhos aos prantos questionando se não poderia ter salvado ainda mais vidas. Justamente por ser redundante e apelativa, esta sequência acaba tornando-se a menos plausível do filme todo.

É impressionante o poder que o filme tem sobre quem o assiste, mesmo numa revisão. O impacto do registro quase documental daquela monstruosidade praticada em nome de uma suposta “raça superior” e de uma ideologia grotesca (que lamentavelmente ainda encontra seguidores até hoje) vai continuar chocando sempre, independente de credo religioso ou ideologia política.

Por tudo isso, “A Lista de Schindler” será sempre um alerta poderoso que, embora não consiga responder às questões levantadas no início deste texto, mostra com riqueza de detalhes as consequências terríveis geradas pelo ódio, pela intolerância e pelo preconceito. Além de involuntariamente levantar a questão de que não estariam hoje os próprios judeus de Israel cometendo as mesmas atrocidades dos nazistas contra os palestinos?

Cotação: * * * *

domingo, 16 de outubro de 2011

Filmes: "Fuga de Los Angeles"

SNAKE IS TRASH

A gente até tenta gostar, mas chega um certo ponto que só nos resta desistir e rir de toda ruindade.

- por André Lux, crítico-spam

Não deu certo essa tentativa do diretor John Carpenter e do astro Kurt Russel em trazer de volta o personagem Snake Plissken do cult "Fuga de Nova York". 

Realizada com 15 anos de atraso, o que deveria ser uma continuação dos eventos narrados no primeiro filme acabou virando uma mera refilmagem, com o protagonista repetindo os feitos que realizou anteriormente. 

Só que agora em Los Angeles que, assim como Nova York, também virou uma prisão de segurança máxima.

O problema básico de "Fuga de Los Angeles", além do roteiro clonado, é que não foram capazes de recriar o clima do primeiro filme, nem visualmente muito menos no tom da narrativa. Se os méritos de "Fuga de Nova York" eram justamente a capacidade que Carpenter e sua equipe tiveram para disfarçar o baixo orçamento com uma fotografia escura e cheia de contrastes, um roteiro enxuto, efeitos especiais realistas e personagens críveis, aqui foram na direção oposta.

Tendo um orçamento bem mais generoso ao seu dispor, Carpenter optou por uma aproximação exagerada, beirando a histeria, em clima de sátira e auto-referência, esquecendo que Snake Plissken sempre foi cult, mas nunca foi popular. Isso quer dizer que o slogan do filme, "Snake Está de Volta!", certamente deixou a maioria das pessoas coçando a cabeça, sem saber o que aquilo queria dizer.

Além disso, os realizadores cometem outros pecados, como optar por uma direção de fotografia (de Gary B. Kibe) clara e desprovida de profundidade que deixa o filme com um ar totalmente falso e sem a menor chance de provocar algum suspense. 

Apesar de Kurt Russel ainda estar bem na pele de Snake, só isso não é suficiente para salvar o filme, já que as situações em que ele se encontra são geralmente absurdas demais e, por vezes, ridículas (como ele tendo que jogar basquete sozinho para não ser morto ou surfando em um maremoto!). Nem engraçado o filme consegue ser, apenas constrangedor. 

Bons atores como Steve Buscemi, Peter Fonda, Stacy Keach, Bruce Campbell e Pam Grier (como um travesti com voz de zumbi) são desperdiçados em personagens sem o menor carisma ou caricatos ao extremo.


Kurt Russel e Peter Fonda surfando numa "nice"
Esse é o tipo de filme que a gente até tenta gostar por causa de todos os envolvidos na produção, mas chega um certo ponto que só nos resta desistir e perceber os efeitos especiais capengas, os diálogos embaraçosos e as atuações canhestras. 

Ao menos Carpenter imprime à narrativa uma boa dose de humor corrosivo contra os políticos de direita de seu país na figura do presidente dos EUA (Cliff Robertson) o qual, no filme, é um fanático religioso que previu o terremoto que devastou Los Angeles e, por causa disso, ganha plenos poderes para alterar a constituição de seu país e decretar uma série de medidas que restringem a liberdade dos cidadãos - nesse sentido acabou sendo premonitório ao governo de George Bush Junior.

É uma pena que Snake tenha voltado de maneira tão lamentável. E o fracasso retumbante do projeto acabou frustrando os planos de fazerem mais uma seqüência, que seria intitulada "Fuga do Planeta Terra". 

Melhor mesmo rever o original ou então entrar no clima de trash e dar risada de toda aquelas pessoas e situações ridículas que colocaram o pobre Snake no meio...

Cotação: * 1/2

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Filmes: "Fuga de Nova York"

CULT POR EXCELÊNCIA

Obra resiste muito bem a uma revisão e continua a ser um dos mais bem sucedidos filmes "B" da história do cinema

- por André Lux, crítico-spam

"Fuga de Nova York" é uma mistura inteligente e eficaz de vários elementos de ficção científica, faroeste e terror, todos muito bem orquestrados pelo diretor John Carpenter (de "Halloween - A Noite do Terror" e "Starman"), que usa toda sua criatividade para disfarçar o baixo orçamento do filme (apenas US$ 6 milhões).

Calcando seu roteiro em cima da figura carismática do anti-herói rabugento e arredio Snake Plissken (Kurt Russel, em ótima interpretação), Carpenter consegue o milagre de nos fazer acreditar numa trama completamente absurda cujo ponto de partida é a transformação da cidade de Nova York numa prisão de segurança máxima, dentro da qual são jogados (para nunca mais voltar) todos os tipo de criminosos.

Essa premissa maluca ganha contornos ainda mais surreais quando o avião do presidente dos EUA, o Força Aérea Um, é seqüestrado por rebeldes contrários ao governo chamado por eles de fascista e jogado dentro da prisão. Mas o presidente escapa, só para ser capturado pela gangue liderada pelo temível Duque de Nova York (o cantor negro Isaac Hayes). O problema é que o mundo está em guerra e o presidente estava indo justamente para uma conferência de paz apresentar uma fita Cassete (que coisa datada!) que iria mudar os rumos do conflito (não era mais fácil pegar o cara que falava na fita e leva-lo até a tal reunião?).

Como não podem invadir o presídio, resta ao chefe de polícia (Lee Van Cleef, o "Mau" de "Três Homens em Conflito" e de outros filmes de Sergio Leone) coagir Snake, ex-soldado e recém-condenado a ser jogado na prisão de NY, a ajudar no resgate. Obviamente que ele aceita com relutância sem saber que só tem 22 horas para entrar e sair com o presidente, caso contrário será o fim da conferência e também do próprio Snake, que teve injetado em seu corpo duas cápsulas explosivas que só podem ser desativadas pela equipe da polícia!

Mesmo com tantos absurdos na trama, Carpenter segura com mão firme seu roteiro e para isso conta com um desenho de produção que sabe explorar muito bem as locações e com a ótima fotografia de Dean Cundey (ele depois iria trabalhar com Spielberg em vários filmes). Os efeitos especiais também são muito eficientes e nunca parecem ter sido feitos com parcos recursos. James Cameron, diretor de "Titanic", foi um dos que ajudaram na confecção dos efeitos, muito antes de sonhar em ficar famoso! A trilha musical, feita pelo próprio Carpenter em parceria com Alan Howart, também é um dos ponto altos e garante ao filme um clima de opressão e suspense constantes.

Graças a tudo isso "Fuga de Nova York" virou cult e conquistou uma grande quantidade de apreciados, gerando inclusive várias imitações. Mas a obra resiste muito bem a uma revisão e continua a ser um dos mais bem sucedidos filmes "B" da história do cinema e, na minha opinião, o melhor filme do diretor John Carpenter até hoje, inclusive no excelente uso do humor negro, da crítica social e da ironia.

15 anos depois, a mesma equipe produziu uma espécie de continuação, chamada "Fuga de Los Angeles", mas infelizmente não conseguiram chegar nem perto das qualidades do original.

Cotação: * * * *

domingo, 9 de outubro de 2011

Filme: "O Enigma de Outro Mundo"

HORROR EXPLÍCITO

Filme tem qualidades suficientes que o fizeram virar cult no mundo todo depois de fracassar nos cinemas

- por André Lux, crítico-spam

"O Enigma de Outro Mundo" (tradução ridícula para "The Thing" - A Coisa) foi a grande chance que John Carpenter (de "Fuga de Nova York") teve, em 1982, de entrar para o time dos cineastas que têm portas abertas nos grandes estúdios de Hollywood. 

O filme, uma releitura da obra "Who Goes There?" que já dera origem ao clássico "O Monstro do Ártico", de Howard Hawks, foi bancado pela Universal que colocou à disposição de Carpenter um generoso orçamento - algo inédito na carreira do diretor, acostumado até então a trabalhar com produções classe B e recursos limitados.

Só que o filme acabou sendo um grande fracasso tanto de crítica quanto de bilheteria na época, prejudicando a carreira de Carpenter pelo menos até a Fox o chamar, anos mais tarde, para fazer "Os Aventureiros do Bairro Proibido". Um dos motivos apontados para isso foi o azar que teve de ser lançado junto com "E.T." (também produzido pela Universal). 

Ao que parece o público se encantou com o alienígena benevolente de Spielberg a ponto de rejeitar completamente o outro filme, que trazia uma criatura que era justamente o oposto disso.

A verdade é que John Carpenter tende a se perder quando tem um orçamento muito generoso em suas mãos, concentrando sua atenção em exageros e redundâncias e deixando de lado justamente aquilo que é o esteio de sua obra: a capacidade de usar sua criatividade para driblar de modo engenhoso as limitações de produções pobres.

Isso é um fato que já pudemos facilmente constatar analisando outros filmes dele bancados por um grande estúdio como "Os Aventureiros do Bairro Proibido" e "Fuga de Los Angeles".

E "O Enigma de Outro Mundo" não é exceção. Enquanto a produção é caprichada (com direito a uma réplica real das instalações de pesquisa científica numa locação de difícil acesso no Ártico, design da criatura e produção dos efeitos de maquiagem do consagrado Rob Bottin e trilha do maestro Ennio Morricone), acabaram deixando de lado o que o filme deveria ter de melhor: justamente o seu roteiro! 

Escrito por Bill Lancaster, ele não tem muita consistência narrativa e deixa várias pontas soltas e personagens perdidos ou sem profundidade. Por causa disso, todos ficam parecendo mau humorados o tempo todo e torna-se difícil identificar quem é quem na trama - fator que não permite empatia e, por conseqüência, impede que nos importemos com seus destinos. Nem mesmo Kurt Russel chega a se destacar como o piloto de helicóptero que acaba tendo que liderar a contragosto a luta contra a criatura.

Entretanto, o filme tem qualidades suficientes que o fizeram virar cult no mundo todo depois de seu lançamento em vídeo. A mais evidente delas é o excelente trabalho de Bottin. Ele realmente caprichou na bizarrice e no grotesco, dando a "O Enigma de Outro Mundo" o charme de se tornar um dos filmes de horror mais explícitos e chocantes de todos os tempos. 

Algumas cenas são realmente inacreditáveis até hoje, de tão fortes, especialmente a do peito de um sujeito que se transforma numa enorme boca, enquanto a sua cabeça se desgarra do corpo e sai correndo com pernas de inseto!

A música de Morricone, feita nos moldes do que o próprio diretor estava acostumado a compor para seus filmes (isto é, minimalista ao extremo), é quase que totalmente calcada em sintetizadores e no uso das cordas da orquestra, dando ao filme uma textura extra de frieza e desolação cortantes que até fazem sentido tendo em vista a falta de calor dos protagonistas. Todavia, muito do material que Morricone compôs para o filme acabou não sendo usado na montagem final (mas pode ser ouvido no CD com a trilha sonora).

O clima opressivo da neve e do frio congelante (cortesia da fotografia azulada de Dean Cundey) também ajuda a manter um clima de constante tensão. 

Principalmente quando os protagonistas se dão conta do que está acontecendo à volta deles e passam a viver em total paranóia sem saber quem está ou não infectado pela criatura alienígena (que aqui não é um mero monstro à espreita como em "Alien", mas algo que clona tudo que encontra pela frente tornando-se uma imitação exata).

A verdade é que o fracasso do filme durante seu lançamento é até justificável e compreensível por causa de todos os fatores negativos apontados acima. Mas, por isso mesmo, "O Enigma de Outro Mundo"acaba melhorando muito numa revisão, principalmente quando passamos a diferenciar melhor os personagens uns dos outros e, claro, devido aos efeitos visuais que continuam impressionando até hoje.

A prova disso está no lançamento agora em outubro de 2012 do novo "The Thing", que será uma espécie de prólogo do filme de John Carpenter e deverá mostrar os fatos que se sucederam com a equipe de cientistas noruegueses que descobriram a criatura antes dela atacar a base estadunidense.

Cotação: * * * 1/2

Trailer do novo "The Thing"

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Cine Trash: "STARCRASH"

TRASH ABSOLUTO

Não perca esse filme, candidato fortíssimo ao prêmio de pior de todos os tempos!

- por André Lux, crítico-spam

Quando eu achava que já tinha visto todas as imitações ridículas de “Star Wars” feitas nos anos seguintes ao lançamento do filme original de George Lucas, em 1977, eis que surge “Stracrash”, um filme que consegue a proeza de ser ainda pior do que “O Humanóide” e “Yor, O Caçador do Futuro”!

Também dirigido por um italiano usando pseudônimo de estadunidense, “Starcrash” é tão ridículo, mas tão ridículo que, claro, é uma ótima comédia involuntária. É difícil até começar a falar do filme, pois a ruindade é espantosa desde a primeira cena até a última.

Bom, o herói desse colosso da ruindade é um sujeito narigudo com um cabelo no melhor estílo “colméia de abelhas”, típico dos anos 1970, chamado Akton (“interpretado” por Marjoe Gortner) que passa o filme todo com uma cara de pateta, dando sorrisinhos amarelos mesmo nas horas mais difíceis.

O mais engraçado desse personagem é que, sem mais nem menos, ele começa a demonstrar poderes sobrenaturais dignos de um Jedi, desviando raios laser, curando os enfermos e prevendo o futuro (coisa que ele não faz muito porque é “proibido por lei” – hein, como assim?). Ele também empunha um tipo de sabre de luz igual ao do Luke Skywalker e parece ser invencível, até que é atingido de raspão no braço por um tiro e... simplesmente morre!

O herói narigudo e sua espada laser dos pobres
O vilão de “Starcrash”, chamado Count Zarth Arn, é a coisa mais bizonha que eu já vi, uma mistura de Conde Drácula com Zé Bonitinho. O sujeito faz umas caretas dignas das maiores risadas! Tem também um robô que acompanha os heróis cujo nome é Elle que fala com sotaque de alguém que acabou de chegar do interior do Texas! Os efeitos especiais são tão primários que é quase impossível entender o que se passa na tela.

É ou não é o vilão mais assustador de todo os tempos?
Na verdade esse filme é um veículo para que a "atriz" Caroline Munro, uma das musas do cinema B da época, exiba seus dotes físicos em vestimentas sumárias. Numa das cenas mais engraçadas do filme, ela, usando um biquini futurista, escapa de um planeta prisão simplesmente começando uma briga e saindo por uma porta do cenário – que misteriosamente parece dar direto em um matagal!

O espaço sideral é mesmo um bom lugar para se usar biquini!
O filme tem algumas cenas antológicas em termos de cinema trash:
1) os heróis sendo atacados por amazonas malvadas que comandam uma gigante de ferro que possui inclusive tetas!
2) O robo texano sendo esbugalhado por um monte de homens da caverna que se jogam sobre os heróis!
3) Uma batalha espacial em que pessoas dentro de torpedos são literalmente jogadas através das janelas (?) da nave do vilão!
4) O herói conversando com o computador central da sua nave que é representado por um cérebro gigante no meio da sala de controle!

Nossos heróis sendo perseguidos por um colosso tetudo!
E, assim como “O Humanóide” (Ennio Morricone) e “Yor” (John Scott), “Starcrash” também teve trilha musical produzida por um compositor classe A, no caso o consagrado John Barry, de vários filmes do James Bond e “Dança Com Lobos”. Diz a lenda que os produtores escondiam o filme dele e só mostravam algumas cenas para ele musicar, com medo que Barry desistisse de trabalhar tamanha a ruindade do resultado! A bomba conta também com uma constrangida participação de Christopher Plummer no papel do imperador bondoso.

Vou parando por aqui, senão passo o dia citando as passagens ridículas desse filme que é um primor do trash, candidato absoluto a pior filme de todos os tempos! Não perca!

Cotação: ZERO 
Como comédia: *****

Vejam algumas cenas do filme: