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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Filmes: "O Bom Dinossauro"

TOCANTE

Momentos como o que vivi com minha filha durante esse filme são do tipo que fazem valer a pena a vida sem sentido que levamos

- por André Lux, crítico-spam

Interessante como a minha forma de analisar e sentir uma animação ou um filme feito para crianças mudou depois que minha filha nasceu. Se por um lado mantem-se o senso crítico relacionado aos aspectos estritamente técnicos e cinematográficos da obra, por outro abre-se um espectro totalmente novo, que é o de enxerga-la pelos olhos de uma criança, tornando-se sensível aos elementos que tocam os pequenos.

“O Bom Dinossauro” visto apenas pelo primeiro prisma é certamente uma obra menor, muito mais fraca do que “Divertida Mente”, por exemplo, só para citar um filme recente produzido pelo mesmo grupo de artistas. O fato de ter tido inúmeros problemas durante o processo de animação, ao ponto de praticamente terem começado do zero depois de meses de trabalho, certamente afetou o resultado final.

Mas para mim é uma animação que acabou deixando uma marca muito especial quando a assisti com minha filha, então com 5 anos, nos cinemas, poucos meses após uma situação de destruição brutal de um núcleo familiar que levou-se anos para construir.

Em “O Bom Dinossauro” esse núcleo também é destruído com a morte do pai durante uma tempestade, o que leva o pequeno Arlo a se desgarrar do resto dos parentes e viver uma grande aventura para tentar voltar para casa. Durante sua jornada, ele cria laços afetivos com um pequeno ser humano primitivo, que mais parece um cachorro do que outra coisa.

Nada de muito novo, enfim, apenas alguns clichês de “filme-família” que são reciclados pelo pessoal da Disney de tempos em tempos. Mas em uma cena tocante já no final, um dos personagens consegue reunir-se com seus entes querido, voltado ao “círculo da família” cuja importância o pequeno dinossauro esforça-se para explicar para a criança humana. 


O círculo da família: amor e proteção
Neste momento, testemunhei minha pequena filha vertendo lágrimas pelos olhos, emocionada e tocada com o que via na tela e fazendo pela primeira vez uma relação de causa-efeito dentro da apreciação de uma obra de arte.

Nem preciso dizer que chorei junto com ela, que me abraçou forte, levada pela emoção nova e incontrolável que experimentava ao fazer a associação do que via nas telas com o que vivia em sua vida. Momentos como esse são do tipo que fazem valer a pena a vida sem sentido que levamos e, confesso, passam batidos para a maioria das pessoas que vivem preocupadas apenas com seus interesses mesquinhos e egoístas. 

Por esse fato tão marcante em minha vida serei eternamente agradecido a “O Bom Dinossauro”.

Cotação: * * *

2 comentários:

Anônimo disse...

Quando minha mãe, com quem minha filha era extremamente apegada, faleceu, e ao assistirmos Lilo e Stitch, a Lilo disse que a família dela era incompleta - perdera pai e mãe - minha filha se deu conta que a nossa família estava incompleta e foi um chororô de lascar. A vida é realmente muito curta pra se ficar discutindo quem tem razão e quem tá errado.

Abraços, cara.

Diego disse...

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