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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Filmes: "X-Men: Primeira Classe"

FORÇANDO A BARRA

Filme seria um prólogo do primeiro da série, mas tudo parece forçado para tentar encaixar as coisas na mitologia já consagrada dos X-Men

- por André Lux, crítico-spam

Depois de três filmes da série e um solo do Wolverine, “X-Men: Primeira Classe” é mais uma tentativa dos executivos da Fox de tentar lucrar em cima da franquia baseada nos personagens criados por Stan Lee, cujo primeiro capítulo era muito bom. Mas o resultado é medíocre. Não chega a ser ruim, mas não passa do banal.

A melhor coisa do filme é a dupla de atores que interpretam os jovens Professor X e Magneto, feitos por James McAvoy e Michael Fassbender. Os dois são ótimos atores e seguram bem seus personagens, mesmo quando o roteiro insiste em dar a eles cenas tolas e diálogos banais.

O problema dessa obra é que se trata de uma daquelas infames “prequels”, ou seja, seria um prólogo dos eventos descritos no primeiro filme da série. Então eles inventam um monte de cenas e autoreferências (como uma aparição ridícula do Wolverine) que servem apenas para ligar os dois filmes. E muitas delas não tem a menor lógica.

A pior de todas é terem inventado que a Mística seria uma espécie de irmã adotada do professor Xavier, o que é totalmente absurdo se levarmos em conta a participação dela nos outros filmes da série.

Eles criam também um vilão super malvado, que seria um cientista nazista que faz testes com o Magneto ainda jovem no campo de concetração (que foi mostrado no início do primeiro filme). Mas o personagem é mal delineado (nunca entendemos direito quais são seus poderes), caricato e feito de forma descontrolada por Kevin Bacon.

Mas triste mesmo é o plano dele: forçar os EUA e a já extinta União Soviética a entrarem em guerra nuclear para destruir o mundo e, assim, governá-lo (realmente um plano genial!). Isso coloca os mutantes do bem, recrutados pelo serviço secreto estadunidense, no meio da crise dos mísseis entre EUA, Cuba e URSS, tentando assim imitar sem sucesso “Watchmen”, onde os heróis também intervinham em eventos reais a serviço dos EUA.

O filme tem cenas de ação e efeitos especiais suficientes para agradar quem gosta do gênero, porém não apresenta quase nada além disso. Nem mesmo a separação dos mutantes entre os que ficam com o Professor X e os que aderem às ideias do Magneto chega a convencer e, no final das contas, tudo parece forçado para tentar encaixar as coisas na mitologia já consagrada pelas outras histórias.

Mas, ao que tudo indica, mais continuações virão na esteira dessa obra. Afinal, os executivos de roliudí não famosos por forçar a barra para tentar tirar leite de pedra...

Cotação: * *

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Filmes: "Cowboys & Aliens"

DÁ PRO GASTO

Maior defeito do filme é se levar a sério demais

- por André Lux, crítico-spam

Claro que não dá pra levar a sério um filme cujo título é “Cowboys & Aliens” - e talvez esse seja seu maior defeito: ele é levado com mão pesada e violência excessiva. O estranho é que o diretor é Jon Favreau, bom comediante (esteve em “Friends”) que fez o razoável “Homem de Ferro”, que funcionava justamente por ser leve e trazer muito humor.

Aqui partiu para a direção oposta. Apenas um personagem tenta trazer graça à história (o dono do saloon feito por Sam Rockwell) e o nosso eterno “paizão” Harrison Ford tenta de vez em quando fazer umas caretas cômicas sem muito sucesso. Por sinal, o personagem dele é muito esquisito, começa meio vilão com um sotaque estranho e sem mais nem menos vira bonzinho e fica sem sotaque algum do meio para o final. O coadjuvante mais interessante, o padre feito por Clancy Brown (o inesquecível vilão Kurgan de “Highlander”), infelizmente sai de cena muito cedo.

O protagonista é um sujeito sem memória que acorda no meio do deserto e já de cara mata três mal encarados a sangue frio e com requintes de crueldade (naquela velha máxima roliudiana do cidadão que sofre de amnésia e esquece de tudo, menos de suas super habilidades marciais!). Ele é feito pelo feioso novo James Bond, Daniel Craig, que aqui atua no módulo “robô-sem-expressão”. A bela Olivia Wilde (a 13 de “House”) tem um personagem misterioso que ajuda os mocinhos a lutarem contra os aliens do título.

No final, vira uma bagunça só, com um monte de gente – inclusive índios - se juntando para combater os malvados aliens, que, ilogicamente, parecem e agem como um monte de ogros babões que dominam tecnologia avançadíssima. Se você desligar o cérebro por duas horas (o filme também é um pouco longo demais) dá até para se divertir. Pelo menos é bem feitinho, tem bons efeitos visuais e o elenco ajuda. Ou seja, dá pro gasto, desde que não se espere muito.

Cotação: * * 1/2