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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Filmes: "O Pequeno Príncipe"

MENSAGEM BATIDA, MAS VÁLIDA

É sempre bem vinda uma obra que exalte a liberdade, a imaginação e a importância de se manter a criança interior sempre viva e alegre

- por André Lux, crítico-spam

Embora não seja nenhuma obra-prima, é uma delícia essa nova adaptação do clássico "O Pequeno Príncipe", do francês Antoine de Saint-Exupéry, que certamente é uma dos livros mais lidos e conhecidos da história. 


Se bem que esse novo filme não chega a ser uma adaptação, mas sim uma livre interpretação dele, na qual os personagens principais interagem entre si tendo como pano de fundo o livro que dá título ao longa.

O filme é dirigido pelo mesmo sujeito que fez "Kung Fu Panda", Mark Osborne, e gira em torno de uma menina que é criada pela mãe obcecada em fazer ela ser aceita por uma escola tradicional, obrigando-a a seguir um rígido programa de estudo, sem direito a qualquer diversão. É aí que entra um velho excêntrico que mora na casa ao lado, que é justamente o escritor das histórias do Pequeno Príncipe.

É claro que a menina vai cair de encantos pelo senhor e descobrir o valor da amizade, da imaginação e das brincadeiras. Ou seja, são mensagens bastante batidas, mas que nunca deixam de ser válidas, ainda mais quando embrulhadas em uma obra tão bem feita, que mistura animação digital com a de bonecos quadro-a-quadro, com um desenho de produção muito bonito onde até a música do abominável Hans Zimmer funciona.

No terceiro ato há uma tentativa de ir além do que é contado no livro e o filme patina um pouco, marretando de forma meio óbvia o que já havia ficado subentendido antes. Não chega a incomodar, mas sinceramente, não acrescenta muito e acaba deixando a conclusão arrastada e um pouco sem impacto.

Mesmo assim é sempre bem vinda uma obra que exalte a liberdade, a imaginação e a importância de se manter a criança interior sempre viva e alegre, independente da idade.

Cotação: * * * 1/2

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Filmes: "Maggie - A Transformação"

HORROR PSICOLÓGICO

Para quem procura algo fora do tradicional no gênero "apocalipse zumbi", esse filme é uma boa pedida

- por André Lux, crítico-spam

Esse "Maggie - A Transformação" está sendo analisado de forma errada pelos críticos, como se fosse um filme do Schwarzenegger que fracassou, apesar da presença do astro veterano. Na verdade, é o contrário: só está gerando algum tipo de interesses devido à presença dele. Merece ser louvada a tentativa do eterno "Exterminador do Futuro" de escolher projetos diferentes e mais pesados, ao invés de ficar batendo só na mesma tecla.

Afinal, trata-se de um terror sobre um apocalipse zumbi que foge do convencional do gênero. Ou seja, é terror psicológico, daqueles em que as situações que geram horror e suspense são muito mais sugeridas do que realmente mostradas e o foco fica em cima dos dramas pessoais dos personagens atingidos pelas tragédias. Lembra bastante o excelente "Deixe-me Entrar" (a refilmagem estadunidense, que é bem melhor que o original).

Arnold faz com seu carisma de sempre (embora o sotaque não tenha melhorado quase nada) o papel de um fazendeiro que vai atrás da filha que foi mordida por um zumbi. Ao levá-la de volta para casa, apenas uma certeza existe: ela está infectada e irremediavelmente se tornará um monstro comedor de carne humana. Uma situação terrível e sem saída que é conduzida com habilidade e sensibilidade pelo diretor Henry Hobson.

Há apenas uma cena de ataque de zumbis tradicional, mas mesmo assim é curta e não muito violenta. A violência fica muito mais implícita durante todo o filme, em cenas dramáticas que enfatizam a a inevitabilidade da transformação da menina, feita pela sempre excelente Abigail Breslin, de "A Pequena Miss Sunshine". 

Em uma das sequências mais tristes, ela reencontra seu namorado adolescente, que também está infectado e logo em seguida é entregue pelo próprio pai à polícia. Em outra cena marcante, a menina começa a sentir cheiro de "comida" ao se aproximar da madrasta (Joely Richardson), que descobre apavorada que a comida no caso era ela mesma.

Eu só não gostei muito do final, que é anti-climático e acaba evitando o que deveria ser o confronto mais forte do filme. Não que seja incoerente ou forçado, apenas dá uma solução muito fácil para o dilema terrível enfrentado pelo pai.

Enfim, para quem procura algo fora do tradicional no gênero horror, esse é uma boa pedida.

Cotação: * * *