Postagem em destaque

SEJA UM PADRINHO DO TUDO EM CIMA!

Contribua com o Tudo Em Cima!   Para isso, basta você clicar no botão abaixo e ir para o site Padrim, onde poderá escolher a melhor forma d...

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Filmes: "Círculo de Fogo"

DESLIGUE O CÉREBRO

Premissa do filme é "Monstros Gigantes versus Robôs Gigantes". Ou seja, você foi avisado!

- por André Lux, crítico-spam

"Círculo de Fogo" (um nome ruim que não quer dize nada!) é uma daquelas produções que exigem que você desligue o cérebro antes de entrar no cinema. Isso já fica claro a partir da premissa do filme, que é "Monstros Gigantes versus Robôs Gigantes". Ou seja, você foi avisado!

Então, se você conseguir realmente desligar sua massa encefálica, vai se divertir bastante com o filme que, sejamos francos, encerra ao menos por enquanto qualquer pretensão de Guillermo Del Toro (de "Hellboy" e o "Labirinto do Fauno") em querer ser levado a sério como cineasta. Mas ele é um bom diretor e é isso que salva esse "Círculo de Fogo" e o impede de se tornar outra monstruosidade insuportável como os filmes da saga "Transformers".

Del Toro filma suas sequências de ação de maneira bastante clara e permite que você veja as lutas! Não tem aquela chatice atual de câmera tremida, cortes bruscos e rápidos e flashes de luz na sua cara. As brigas são muito bacanas e, pasmem, chegam até a gerar emoção.

Pena que o filme seja tão fraco nas partes em que precisa ter algum peso dramático. O ator que faz o protagonista é um loiro aguado que fica o tempo todo com a mesma cara de quem comeu e não gostou e fala tudo no mesmo tom de voz rouco. Para piorar, ainda colocaram um outro sujeito que fica irritando ele que tem quase a mesma cara. Tem horas que não dá pra sabre qual é um e qual é o outro!

É uma pena também que a trama seja cheia de buracos (aliens que querem tomar posse da Terra mandando monstros clonados gigantes um por vez?) e clichês do gênero, principalmente para quem já viu aqueles velhos seriados japoneses de lutas entre robôs e monstros, tipo Ultraseven. Como sempre, os heróis possuem armas incríveis em seus robôs (como uma poderosa espada e gases congelantes), mas só usam de vez em quando ou no final da luta. Até entendo que os roteiristas tenham tentado prestar "homenagem" aos seriados antigos, mas, sinceramente, se isso já estúpido antes, agora então fica mais ridículo ainda.

Ao seu favor o filme tem um bonito desenho de produção (os monstros são bem bacanas), excelentes efeitos visuais e sonoros e uma trilha musical que funciona bem junto às imagens, coisa rara em se tratando de algo criado por um dos discípulos do abominável Hans Zimmer.

Enfim, eu avisei. Tem que desligar o cérebro... 

Cotação: * * *

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Filmes: "Wolverine Imortal"

ABACAXI

Novo filme do mutante nervosinho consegue ser pior que o anterior


- por André Lux, crítico-spam

Parece brincadeira, mas conseguiram fazer um novo filme solo do mutante mais nervosinho dos "X-Men" ainda pior que o "X-Men Origens: Wolverine", que foi bem fraquinho.

Mas não há desculpa para produzir um filme com o Wolverine e suas terríveis garras de adamantiun em versão "censura livre", onde as cenas de luta são editadas para que ninguém consiga ver direito o que está acontecendo, ou seja, sem violência ou sangue.

O filme já começa de forma ridícula, mostrando Logan salvando um soldado japonês durante a explosão da bomba atômica de Nagasaky, que caiu a poucos metros de distância! Pior, essa sequência da origem a um furo catastrófico no roteiro, já que é a amizade entre os dois que dispara os eventos da trama.

Só que, como ficou estabelecido em todos os outros filmes do personagem, ele sofre de amnésia total, não lembrando nem mesmo de seu nome! Como então iria se lembrar de um sujeito que conheceu em 1945? Lama total.

Depois do flashback da 2ª Guerra, o filme pula para o presente, onde o Wolverine vive barbudo no meio do mato, implicando com caçadores de ursos e sofrendo por ter matado sua amada Jean Grey (a bela Famke Janssen faz uma daquelas pontas que todo ator deve adorar: "Ei, adivinha qual será meu personagem no próximo filme que farei? Uma alucinação!").

E, em mais um daqueles velhos clichês do cinema, ele jura que nunca mais vai se envolver em qualquer tipo de confusão. Resolução que dura cinco minutos de projeção, pois basta aparecer uma japonesinha esquisita e proferir meia dúzia de chavões para ele topar ir até o Japão encontrar seu velho amigo, que está morrendo.

A partir daí o filme passa a ser uma colcha de retalhos dos piores clichês do gênero ação, com direito a invasão de funeral por uma horda interminável de vilões, perseguição pelas ruas de Tókio, luta em cima de um trem bala (toda feita em computação gráfica bem tosca), fuga para um suposto esconderijo que todo mundo sabe onde é, historinha de amor entre o protagonista e a mocinha que pretende salvar, etc.

Tudo muito fraco, desconexo e sem graça, com o Wolverine agindo totalmente fora do personagem e fazendo escolhas duvidosas e até ridículas. No final, por exemplo, há uma cena em que ele é cercado por trocentos ninjas e, após chamá-los para a briga, o que ele faz? Sai correndo pelo meio da rua enquanto é alvejado nas costas por flechas até cair desmaiado. Isso que é estratégia!

Tem outras coisas imperdoáveis no filme, como a vilã Víbora, feita por uma atriz péssima que se veste como se fosse desfilar em escola de samba e cujos poderes nunca ficam claro quais são. E aquele samurai-robô-gigante que luta com o herói no final? Que coisa brega! Tem uma cena na qual o protagonista faz uma operação cardíaca em si mesmo que é de provocar gargalhadas, de tão imbecil. O plano do vilão principal também não faz o menor sentido, depois que é revelado.

O mais triste é que o roteiro é de Christopher McQuarrie (o mesmo do excelente "Os Suspeitos") e a direção é de James Mangold, que fez o bom "Copland". Deviam ter vergonha na cara e fugir de um abacaxi desses!

Cotação: *