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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Segunda temporada de “The Mandalorian” começa com mais do mesmo

Reciclagem de ideias, excesso de “fan service” e caracterização contraditória do protagonista impedem a série de ser mais do que mediana

- por André Lux

A segunda temporada de “The Mandalorian” começa de forma decepcionante, com um episódio que parece café requentado, além de apelar demais para o “fan service” com um sem número de referências à saga original.

O episódio é chamado de “The Marshal” (O Xerife) e segue os clichês básicos dos faroestes do passado. O Mandaloriano quer encontrar outro da sua seita e acaba novamente em Tatooine, onde descobre um sujeito usando a armadura do Boba Fett, um dos personagens secundários da saga original mais queridos pelos fãs.

Depois de descobrir que o sujeito, feito pelo ator Timothy Olyphant (sorridente demais), não é realmente um mandaloriano, o protagonista exige que ele lhe entregue a armadura e os dois ensaiam um duelo. Mas são interrompidos pelo ataque de um dragão Kayt, certamente a mais evidente referência a Duna jamais vista em Star Wars. Os dois então vão juntar forças para destruir o monstro.

A partir daí a coisa começa a desandar. Primeiro porque o episódio fica praticamente igual a dois da primeira temporada: aquele em que o Mandaloriano tem que salvar uma vila do ataque de saqueadores e o outro no qual precisa matar um tipo de rinoceronte gigante para recuperar as peças de sua nave. Ou seja, é mais do mesmo, com o roteiro seguindo rumos óbvios até o desfecho da ação.

Não há nada relativo a desenvolvimento do protagonista, pelo contrário, parece que não aprendeu nada, já que continua levando o bebe Yoda (que não tem nada a fazer além de parecer fofo) à tiracolo mesmo quando vai enfrentar uma situação de perigo extremo.

As motivações dele continuam obscuras e não fica claro se os roteiristas querem pintá-lo como um sujeito durão e estoico ou um idealista de coração mole. No começo do episódio, por exemplo, ele trata um antagonista de maneira bastante cruel, sádica até, mas depois aceita ajudar a matar o monstro da areia sem mais nem menos. Um cara durão e praticamente invencível como ele conseguiria arrancar a armadura do xerife a força sem muito esforço.

Ao que parece, os criadores da série se empolgaram com a recepção positiva que a série teve e acharam que a melhor coisa para manter o interesse dos fãs é reciclar o máximo possível de ideias que deram certo e enfiar o maior número de “easter eggs” da saga original.

Não que o episódio ou mesmo a série sejam ruins, longe disso. É bem feita, prende a atenção e tem efeitos especiais bem razoáveis. O problema é que quase nunca voa acima do medíocre (a péssima trilha musical não ajuda em nada também). E se optaram por manter esse rumo, certamente vai continuar assim. Vamos torcer para que arrisquem mais daqui para frente.

Cotação: * * 1/2

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