- por André Lux
Pierce Brosnan retoma o personagem James Bond neste que é sem dúvida um dos piores filmes da série com o famoso agente secreto britânico.
Erraram em praticamente tudo: as cenas de ação são forçadas e exageradas, a trama é inverossímil e os vilões totalmente caricatos - onde nem o competente Jonathan Price se salva, perdendo-se em um atuação constrangedora que o transforma num tipo de sósia do Moacir Franco.
Brosnam está menos convincente do que em sua estreia em GOLDENEY, limitando-se aqui a fazer caras e bocas em uma caracterização extremamente superficial. Parece estar debochando do papel.
O filme tem uma trama pretensamente moderna - dono de rede de comunicação manipula e cria eventos e tragédias para poder noticiá-los em primeira mão - mas é tudo mostrado de forma tão canhestra e primitiva que fica difícil levar a sério seus planos mirabolantes e o interesse vai por água abaixo.
E o que sobra é o 007 correndo de um lado para o outro em perseguições que beiram o ridículo (como a do carro guiado por controle remoto!) ou que não tem razão de ser (para que ficar pulando de moto sobre telhados quando era só ficar parado dentro de uma das casas até o helicóptero ir embora?).
A série James Bond, que sempre primou por enredos inteligentes e soluções engenhosas, parece ter finalmente sucumbido à nova tendência do cinema moderno americano que prima por muita ação e pouco (ou nenhum) cérebro...
Cotação: *
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