A melhor coisa do episódio é obviamente a participação de Ahsoka Tano, personagem criado por David Filoni em “Clone Wars”
- por André Lux
Enfim “The Mandalorian” começa a mostrar a que veio com dois
ótimos episódios em sequência que trazem a emoção que faltava até agora e um fan
service inteligente, além de mover o enredo adiante introduzindo personagens já
conhecidos e outros novos.
Finalmente temos algumas explicações sobre o “bebe Yoda”, cujo
nome é revelado ser Grogu e que era treinado pelos Jedi em Coruscant antes de
Palpatine tomar o poder e o Império Galáctico surgir. Ou seja, não é um clone
do Yoda como todos imaginavam.
A melhor coisa do episódio é obviamente a participação de Ahsoka
Tano, personagem criado por David Filoni (aqui atuando como diretor também) em “Clone
Wars”, que é uma ex-Jedi em busca de vingança contra um famoso imperial do
universo expandido. Vamos ser sinceros: qualquer coisa passada no universo Star
Wars fica melhor com alguém empunhando um sabre de luz e Ahsoka faz isso muito
bem! A atriz Rosario Dawson está bem no papel, fator que deixa tudo ainda
melhor. Também foi legal rever Michael Bihen (de “Exterminador do Futuro” e “Aliens”)
como um mercenário. E o mandaloriano novamente tem boas cenas de luta e não age
como um tolo caindo em armadilhas, embora fique cada vez mais claro que ele
está virando um coadjuvante na própria série.
Infelizmente a estrutura do episódio é a mesma de sempre,
com Mando sendo obrigado a participar de uma aventura secundária para conseguir
que seus objetivos sejam atendidos. Também me parece bastante forçado o fato de
que qualquer material feito com Beskar consiga resistir inclusive aos poderosos
sabres de luz, o que levanta imediatamente a pergunta: por que diabos o Império
não produziu armaduras para seus stormtroopers com tal material, algo que os deixaria
obviamente indefensáveis? Sei que vai aparecer alguém justificando que Beskar é
algo raro de se encontrar, mas certamente o Império não mediria esforços para coletá-lo
dos quatros cantos do universo!
Fica difícil de entender porque os idealizadores da série
demoraram tanto para finalmente começar a produzir episódios interessantes ao
invés de perder tempo com enredos fracos e inconsequentes. Já estamos no quinto
episódio de uma segunda temporada que terá apenas oito e só agora as coisas
começam a esquentar. Até agora a série focou no protagonista sem desenvolve-lo
ou apresentar qualquer arco para sua jornada – não ficou claro até agora porque
ele está tão empenhado em salvar o pequeno Grogu, algo que vai contra a sua caracterização
de mercenário estoico apresentada desde o início.
Enfim, antes tarde do que nunca! Vamos ver quais surpresas
nos reservam para o futuro.
Cotação: ****
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