SEM SAL NEM AÇÚCAR
No final, fica a impressão de que os realizadores se perderam no meio do caminho e não souberam bem que rumo dar para a história
- por André Lux, crítico-spam
"Minhas mães e Meus Pais" é mais um delírio coletivo da crítica em geral que eleva ao status de obra prima um filme mediano. Não que seja ruim, mas é apenas assistível, não trazendo nada de muito interessante ou relevante em seu enredo.
Trata-se da história de um casal de lésbicas (tema que poderia chocar alguém nos anos 1950) cujos filhos resolvem descobrir quem foi o doador de esperma para as suas inseminações artificiais. Em suma, querem conhecer o pai biológico (Mark Ruffalo, sempre um ator fraco). Desse encontro nasce uma pequena amizade e alguns conflitos entre as duas mães lésbicas - a dominadora e fechada, interpretada por Annete Benning, e a meio hyppie e submissa feita por Juliane Moore.
Fora a boa interpretação da dupla de atrizes, pouco sobra nessa obra escrita e dirigida por Lisa Cholodenko, que fez o bem mais interessante "Laurel Canyon - A Rua das Tentações". Não espere muito da relação entre os jovens e seu pai. Também não acontecem grandes conflitos, nem mesmo quando a personagem de Juliane Moore tem uma "recaída" e começa um tórrido caso amoroso com o pai biológico de suas filhas. Apesar de algumas rusgas, tudo é resolvido numa boa, sem grandes traumas ou confrontos.
No final, fica a impressão de que os realizadores de "Minhas mães e Meus Pais" se perderam no meio do caminho e não souberam bem que rumo dar para a história, ficando assim tudo num meio termo, um pouco sem sal nem açúcar, nem drama, nem comédia e nem "filme cabeça". Você espera sempre um algo mais que nunca chega, nem mesmo na conclusão que também é bem fraca.
Cotação: * * *
2 comentários:
'Você espera sempre um algo mais que nunca chega, nem mesmo na conclusão que também é bem fraca.' Parece assunto de mulher...
Eu não tenho nada contra as mulheres, muito pelo contrário...
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