Eles começaram na Inglaterra, influenciaram gerações e, hoje, seus
integrantes estão na casa dos 70 anos de idade. Um dos mais importantes grupos
de humor do mundo, o Monty Python não é Beatles nem Rolling Stones, mas bem que
poderia ser.
O anúncio do retorno da trupe para um show único em julho, após 30 anos,
causou alvoroço digno de estrelas do rock entre seus milhares de fãs.
Fundado na Inglaterra no final dos anos de 1960, o Monty Python ficou
famoso com a série “Flying Circus'', transmitida pela rede britânica BBC entre
1969 e 1974. Nos anos seguintes, marcou época com as incursões cinematográficas
“Monty Python em Busca do Cálice Sagrado'' (1975) e “A Vida de Brian'' (1979),
sucessos mundiais de bilheteria.
A base do estilo “pythonesco” é um humor anárquico e nonsense, com sátiras
políticas e principalmente aos costumes da sociedade britânica. A combinação
única de paródia e surrealismo, com toques de metalinguagem, ainda hoje ecoa na
televisão e cinema.
Sem John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin
provavelmente não existiria “TV Pirata'' ou “Casseta e Planeta'', nem “Hermes e
Renato'' e os recentes Porta dos Fundos e “Último Programa do Mundo''.
Outro feito do grupo foi popularizar o formato de esquete, as peças cômicas
de curta duração oriundas do teatro, que viraram praxe em humorísticos
televisivos, de “Trapalhões'' a Roberto Bolaños, passando pelo americano
“Saturday Night Live''.
A influência do Monty Python também pode ser sentida na utilização
frequente de colagens em stop-motion na TV nas últimas décadas. O grupo
utilizava a técnica para contar algumas de suas histórias surrealistas,
inspirando até mesmo programas educacionais.
Cabe ainda aos ingleses a “paternidade'' do lixo eletrônico da internet, o
“spam''. A expressão nasceu de um quadro de 1970 em que um grupo de vikings se
refere à comida processada servida em um restaurante como “spam''. A palavra
acabou ficando famosa como referência a mensagens não solicitadas.
Com essa e várias outras pérolas, veja dez esquetes inesquecíveis do grupo
que ajudam a (tentar) entendê-lo.