DIVERTIDO E EMPOLGANTE
Assisti ao filme junto a uma platéia lotada e o pessoal vibrou e riu muito com o filme, chegando até a aplaudir no final! Querem maior elogio do que esse?
- por André Lux, crítico-spam
Fazia muito tempo que eu não me divertia e empolgava tanto com um filme de aventura e ficção como esse “Os Vingadores”, que reúne alguns dos maiores heróis da Marvel – quase todos depois de filmes solo, com exceção da Viúva Negra e do Gavião.
Assim, Homem de Ferro, Capitão América, Thor e Hulk, sob o comando de Nick Fury (um empolgado Samuel L. Jackson), reunem-se para combater um exército alienígena que vai invadir a Terra liderados por Loki (o irmão louco de Thor) para roubar um artefato poderoso que apareceu também nos outros filmes dos heróis e foi recuperado pelo governo dos EUA no final de “Capitão América” (que foi o melhor dos filmes da trupe, sendo "Thor" o mais fraquinho).
O grande mérito desse sucesso parece mesmo ser do diretor e co-autor da história, o cineasta Joss Whedon, que é cultuado nos EUA principalmente pelas séries "Buffy" e "Firefly". Ele é um fanático confesso pelos super-heróis da Marvel e conseguiu a proeza de fazer um filme que se segura do começo ao fim, mesmo tendo quase duas horas e meia de duração (mas parece bem menos, o que é sempre um elogio) e muita exposição da trama.
Whedon certamente percebeu que a história central (a invasão alienígena) não fazia muito sentido (se os aliens apenas queriam o artefato, pra que então invadir a Terra?), então concentrou seu foco no relacionamento dos personagens e em muito humor. O maior trunfo do filme (a exemplo do “Capitão América") é justamente não se levar a sério em momento algum, com ótimas sacadas e piadinhas apropriadas na hora certa (a maioria delas disparada por um afiado Robert Downey Jr. como Tony Stark, o Homem de Ferro). Todavia, quem rouba o filme é o Hulk, que depois de dois filmes (o primeiro dirigido por Ang Lee era simplesmente ridículo e o segundo titubeante) finalmente encontra seu espaço. Só a luta dele com o Thor já vale o filme.
Os efeitos especiais são muito bons e o filme tem um excelente desenho de produção, além de uma música para lá de adequada do veterano Alan Silvestri (de “Predador”, da trilogia “De Volta para o Futuro” e também de “Capitão América”). O único defeito talvez seja que é preciso ter assistido a todos os filmes solos dos super-heróis para entender melhor a trama (sem isso muitas piadas e citações vão passar batidas).
Assisti ao filme junto a uma platéia lotada e o pessoal vibrou e riu muito com o filme, chegando até a aplaudir no final! Querem maior elogio do que esse? Para quem gosta do gênero, obviamente, vale a pena cada centavo pago para ver.
Cotação: * * * *
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sexta-feira, 27 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Filmes: "Shame"
ALERTA AOS COMPULSIVOS
Além de ser excelente cinema, “Shame” serve de alerta a quem encontra no sexo uma forma de mascarar seus problemas
- por André Lux, crítico-spam
“Shame” (vergonha, em português) é um poderoso retrato de uma pessoa que busca o sexo de maneira compulsiva, seja via prostitutas, encontros casuais ou virtualmente.
O protagonista vai se transformando em uma “máquina de fazer sexo” à medida que se torna cada vez mais incapaz de desenvolver contatos humanos que envolvam sentimentos ou intimidade real.
O excelente Michael Fassbender se joga no personagem de maneira total, sem medo de aparecer em nudez frontal (algo que sempre vai chocar os reprimidos) ou buscando o prazer sem limites.
O protagonista é um obsessivo-compulsivo sexual que tem a vida aparentemente tranquila abalada com a chegada da irmã (Carey Mulligan, numa atuação corajosa), que é outra com sérios problemas psicológicos, que tenta em vão estabelecer algum laço afetivo com seu irmão. O carater autodestrutivo de ambos é mostrado de forma honesta no filme, sem lugar para moralismos ou julgamentos preconceituosos.
Brandon (Fassbender) atira-se cada vez mais à sua compulsão, ao ponto de falhar sexualmente justamente com uma mulher com a qual tenta se envolver mais a fundo. E o desespero, a vergonha e o desapego do protagonista aumentam à medida que sua busca por sexo aumenta. A cena da transa gay em uma boate é o ápice da dominação de Brandon pelas suas obsessões e compulsões.
A direção de Steve McQueen (nada a ver com o ator já falecido) é excepcional e dá um caráter ultra-realista ao filme, criando inclusive várias sequências sem corte muito bem elaboradas.
Outro trunfo do filme é a trilha musical, que em vários casos atual totalmente ao contrário do que se vê na tela – como na brilhante cena em que Brandon transa com duas prostitutas ao mesmo tempo e, à medida que o orgasmo vai chegando, maior é a dor expressada pelo personagem.
Acima de tudo, “Shame” mostra um problema que é hoje cada vez mais comum: pessoas viciadas em sexo sem compromisso ou virtual que se descolam da humanidade e se enredam num espiral autodestrutivo que só pode ser barrado com ajuda psquiátrica.
Não se trata de uma bravata moralista contra o sexo virtual, casual ou com prostitutas, pelo contrário, mas sim um estudo da mente de alguém que só consegue se relacionar sexualmente dessa forma e sofre muito por causa disso.
Além de ser excelente cinema, “Shame” é importante pelo fato de servir de alerta a todos os obsessivos-compulsivos que encontram no sexo sem compromissos uma forma de mascararem seus problemas não resolvidos, na tentativa inútil de diminuir a tensão.
Cotação: * * * *
Além de ser excelente cinema, “Shame” serve de alerta a quem encontra no sexo uma forma de mascarar seus problemas
- por André Lux, crítico-spam
“Shame” (vergonha, em português) é um poderoso retrato de uma pessoa que busca o sexo de maneira compulsiva, seja via prostitutas, encontros casuais ou virtualmente.
O protagonista vai se transformando em uma “máquina de fazer sexo” à medida que se torna cada vez mais incapaz de desenvolver contatos humanos que envolvam sentimentos ou intimidade real.
O excelente Michael Fassbender se joga no personagem de maneira total, sem medo de aparecer em nudez frontal (algo que sempre vai chocar os reprimidos) ou buscando o prazer sem limites.
O protagonista é um obsessivo-compulsivo sexual que tem a vida aparentemente tranquila abalada com a chegada da irmã (Carey Mulligan, numa atuação corajosa), que é outra com sérios problemas psicológicos, que tenta em vão estabelecer algum laço afetivo com seu irmão. O carater autodestrutivo de ambos é mostrado de forma honesta no filme, sem lugar para moralismos ou julgamentos preconceituosos.
Brandon (Fassbender) atira-se cada vez mais à sua compulsão, ao ponto de falhar sexualmente justamente com uma mulher com a qual tenta se envolver mais a fundo. E o desespero, a vergonha e o desapego do protagonista aumentam à medida que sua busca por sexo aumenta. A cena da transa gay em uma boate é o ápice da dominação de Brandon pelas suas obsessões e compulsões.
A direção de Steve McQueen (nada a ver com o ator já falecido) é excepcional e dá um caráter ultra-realista ao filme, criando inclusive várias sequências sem corte muito bem elaboradas.
Outro trunfo do filme é a trilha musical, que em vários casos atual totalmente ao contrário do que se vê na tela – como na brilhante cena em que Brandon transa com duas prostitutas ao mesmo tempo e, à medida que o orgasmo vai chegando, maior é a dor expressada pelo personagem.
Acima de tudo, “Shame” mostra um problema que é hoje cada vez mais comum: pessoas viciadas em sexo sem compromisso ou virtual que se descolam da humanidade e se enredam num espiral autodestrutivo que só pode ser barrado com ajuda psquiátrica.
Não se trata de uma bravata moralista contra o sexo virtual, casual ou com prostitutas, pelo contrário, mas sim um estudo da mente de alguém que só consegue se relacionar sexualmente dessa forma e sofre muito por causa disso.
Além de ser excelente cinema, “Shame” é importante pelo fato de servir de alerta a todos os obsessivos-compulsivos que encontram no sexo sem compromissos uma forma de mascararem seus problemas não resolvidos, na tentativa inútil de diminuir a tensão.
Cotação: * * * *
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Filmes: "A Perseguição"
BOA PEDIDA
Filme não traz nada que já não tenha sido visto antes, mas ao menos é bem dirigido e fotografado e tem uma conclusão bastante corajosa.
- por André Lux, crítico-spam
Não é nenhuma maravilha nem mesmo original, porém dá pra assistir tranquilamente esse “A Perseguição”, que não passa de um filme sobre um grupo de homens fugindo de lobos selvagens no meio do Alaska depois de sobreviverem a uma queda de avião.
O que torna o filme interessante é a participação de Liam Neeson, que é sempre um bom ator e segura bem o seu personagem, que é um homem contratado por uma empresa que explora petróleo na região para justamente matar os lobos que ameaçam os trabalhadores. O sujeito está em crise por causa da esposa (só no final isso é explicado) e pensa até em se matar. Mas daí vem o acidente e ele tem que liderar os sobreviventes no meio do gelo enquanto são caçados implacavelmente pelos lobos.
Enfim, nada que já não tenha sido visto antes, mas ao menos o filme é bem dirigido e fotografado e tem uma conclusão bastante corajosa (embora possa irritar alguns). Para quem gosta desse gênero, é uma boa pedida.
Cotação: * * *
Filme não traz nada que já não tenha sido visto antes, mas ao menos é bem dirigido e fotografado e tem uma conclusão bastante corajosa.
- por André Lux, crítico-spam
Não é nenhuma maravilha nem mesmo original, porém dá pra assistir tranquilamente esse “A Perseguição”, que não passa de um filme sobre um grupo de homens fugindo de lobos selvagens no meio do Alaska depois de sobreviverem a uma queda de avião.
O que torna o filme interessante é a participação de Liam Neeson, que é sempre um bom ator e segura bem o seu personagem, que é um homem contratado por uma empresa que explora petróleo na região para justamente matar os lobos que ameaçam os trabalhadores. O sujeito está em crise por causa da esposa (só no final isso é explicado) e pensa até em se matar. Mas daí vem o acidente e ele tem que liderar os sobreviventes no meio do gelo enquanto são caçados implacavelmente pelos lobos.
Enfim, nada que já não tenha sido visto antes, mas ao menos o filme é bem dirigido e fotografado e tem uma conclusão bastante corajosa (embora possa irritar alguns). Para quem gosta desse gênero, é uma boa pedida.
Cotação: * * *
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Filmes: "O Sentido da Vida", do Monty Python
FINEZA E ESCATOLOGIA
Como sempre, os Pythons detonam o fanatismo dos religiosos, a estupidez dos militares e o sistema capitalista em quadros inspiradíssimos
- por André Lux, crítico-spam
"O Sentido da Vida" é o último filme do qual participam todos os membros do grupo Monty Python e o mais irregular, misturando humor fino com escatologia pura.
O longa é uma sucessão de várias sketches ao estilo do show televisivo do grupo no qual abordam tudo menos, é claro, o que seria o tal sentido da vida (embora façam menção a isso a todo momento, só para fazer de conta que realmente vão mostrá-lo!).
Entre os momentos clássicos estão a famosa cena do gordo que explode num restaurante depois de tanto comer (e vomitar sobre a pobre faxineira), os peixes no aquário (que têm a cara dos membros do grupo) e o musical "Todo Esperma é Sagrado".
Como sempre, os Pythons detonam o fanatismo dos religiosos, a estupidez dos militares e o sistema capitalista em quadros inspiradíssimos. Antes do filme começar somos apresentados a um curta metragem dirigido por Terry Gilliam que era para fazer parte da atração principal, mas acabou sendo jogado para o prólogo e mostra um grupo de velhinhos funcionários de uma firma de contabilidade que se revolta, toma o poder e passa a agir como piratas dentro do sistema!
Simplesmente genial.
Cotação: * * * *
Como sempre, os Pythons detonam o fanatismo dos religiosos, a estupidez dos militares e o sistema capitalista em quadros inspiradíssimos
- por André Lux, crítico-spam
"O Sentido da Vida" é o último filme do qual participam todos os membros do grupo Monty Python e o mais irregular, misturando humor fino com escatologia pura.
O longa é uma sucessão de várias sketches ao estilo do show televisivo do grupo no qual abordam tudo menos, é claro, o que seria o tal sentido da vida (embora façam menção a isso a todo momento, só para fazer de conta que realmente vão mostrá-lo!).
Entre os momentos clássicos estão a famosa cena do gordo que explode num restaurante depois de tanto comer (e vomitar sobre a pobre faxineira), os peixes no aquário (que têm a cara dos membros do grupo) e o musical "Todo Esperma é Sagrado".
Como sempre, os Pythons detonam o fanatismo dos religiosos, a estupidez dos militares e o sistema capitalista em quadros inspiradíssimos. Antes do filme começar somos apresentados a um curta metragem dirigido por Terry Gilliam que era para fazer parte da atração principal, mas acabou sendo jogado para o prólogo e mostra um grupo de velhinhos funcionários de uma firma de contabilidade que se revolta, toma o poder e passa a agir como piratas dentro do sistema!
Simplesmente genial.
Cotação: * * * *
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