ESTUDO SOBRE A DEPRESSÃO
Animação da Pixar comprova que pode existir vida inteligente
mesmo dentro da indústria cultural estadunidense
- por André Lux, crítico-spam
“Divertida Mente” é provavelmente a obra-prima da Pixar. O
mais interessante é que a nova animação do estúdio parecia, pelos trailers, um
tremendo erro. Afinal, que história era aquela de representar as emoções humanas
com personagens cômicos em uma sala de controle?
O filme, porém, é uma grata surpresa, muito criativo,
bonito, bem dirigido (pelo mesmo sujeito que fez “Monstros S.A.” em parceria com o diretor de "UP: Altas Aventuras"), engraçado e
ainda por cima educativo.
Pais inteligentes e antenados em psicologia certamente vão encontrar nele mil maneiras de usar os personagens Alegria, Tristeza, Raiva, Nojo e Medo de maneira positiva na educação dos filhos (claro que sempre deixando claro pra eles que somos nós que estamos no controle das emoções e não contrário!).
Pais inteligentes e antenados em psicologia certamente vão encontrar nele mil maneiras de usar os personagens Alegria, Tristeza, Raiva, Nojo e Medo de maneira positiva na educação dos filhos (claro que sempre deixando claro pra eles que somos nós que estamos no controle das emoções e não contrário!).
O mais interessante é que “Divertida Mente” acaba sendo um
estudo da Depressão, doença silenciosa que vitima milhares de pessoas e que é
muito difícil de diagnosticar e tratar. Quando a menina Riley perde a Alegria e
a Tristeza, que são sugadas para fora da sala de controle, passa a apresentar alguns
dos clássicos sinais de Depressão: irritabilidade, desânimo, ansiedade, apatia,
entre outros.
O filme retrata com perfeição também o perigo que é uma pessoa
tomar decisões importantes com esse quadro e dominada pela Raiva ou pelo Medo, além
das graves consequências que isso pode causar não só para ela, mas também para
todos que estão em volta – especialmente os familiares.
Embalado por uma trilha musical deliciosa composta pelo
esforçado Michael Giacchino (o tema principal é simplesmente contagiante), “Divertida
Mente” comprova que pode existir vida inteligente mesmo dentro da indústria
cultural estadunidense. Imperdível!