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terça-feira, 24 de março de 2020
"Freud" usa o nome do pai da Psicanálise em vão
ATO FALHO
Série é uma tremenda enganação, pois não tem nada a ver com o pai da Psicanálise e o coloca no meio de uma trama cheia de conteúdos sobrenaturais, algo que Freud abominava
- por André Lux
Essa série da Netflix chamada "Freud" é uma tremenda enganação. Primeiro porque é totalmente fictícia e quase nada tem a ver com o verdadeiro pai da Psicanálise.
Segundo porque Freud nem é o protagonista, mas sim uma moça com poderes mediúnicos e que vive atormentada por sua mãe adotiva que é uma espécie de bruxa húngara. Ou seja, ladainhas sobrenaturais que Freud repudiava, afinal era ateu e cético ao extremo.
As únicas relações da série com a realidade são o uso de nomenclaturas psicanalíticas nos nomes dos episódios e quando Freud hipnotiza as pessoas, algo que sabemos ele nem gostava e logo descartou. Mas na série ele usa e abusa da ferramenta, mais parecendo um Jedi de "Star Wars" (segundo os autores, basta encostar a mão numa pessoa e ela fica instantaneamente hipnotizada!).
Não que seja ruim, a trama tem seu interesse e há personagens ricos como o oficial da polícia traumatizado pela guerra. Porém, chamar a série de "Freud" parece mesmo um grande ato falho ou então má fé pura e simples...
Cotação: **
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Um comentário:
Não vi na série nenhum compromisso com a verdade dos fatos. Quem conhece bem a vida e a obra de Freud e leu A Interpretação dos Sonhos percebe isto logo no início do primeiro episódio, quando se misturam personagens e nomes que seriam posteriores. É uma brincadeira com a vida e a produção do médico, mas uma coisa é séria, o cinismo, o luxo, a ignorância dissimulada das pessoas e a soberba da Viena Imperial, que possibilitou a delirante obra de Freud, que aos poucos vai caindo no esquecimento ou na descrença, só sobrevivendo pelas mudanças que, gradativamente, lhe foram acrescentadas.
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