Apesar dos defeitos, até que dá pra louvar algo que estimula as pessoas a conhecerem um pouco de ciência e arte
- por André Lux, crítico-spam
Esse é o primeiro filme baseado na obra do Dan Brown que eu comento, mas o texto vale para os outros dois primeiros numa boa, afinal seguem o mesmo padrão esquemático que o autor aplica nos seus livros. Qual seja: uma trama extremamente rebuscada e rocambolesca que une conceitos pseudo-científicos, um conhecimento razoável de obras clássicas e perseguições em várias localidades turísticas europeias enquanto o herói tenta decifrar os quebra-cabeças deixados para trás, sempre acompanhado de uma bela mulher. Sem dúvida uma fórmula eficaz que atrai os mais variados tipos de leitores e espectadores.
O mais popular acabou sendo “O Código Da Vinci” que realmente era mais interessante, talvez por girar em cima da obra do genial artista e inventor Leonardo Da Vinci e também por trazer conjecturas bastante pertinentes sobre a vida de Jesus, principalmente no papel que Maria Madalena teria em sua vida. O segundo tratava de uma trama completamente absurda que visava em última instância levar um extremista ao posto de Papa da igreja Católica.
Esse “Inferno” segue a mesma toada. A maior diferença é que começa já em plena ação, com o professor Langdon (Tom Hanks, sempre carismático) acordando em um hospital com amnésia e sendo perseguido por várias organizações, enquanto tenta desvendar mais um mistério que agora usa a obra de Dante para montar as peças do quebra-cabeça que pode levar à liberação de uma doença que vai exterminar quase toda a humanidade.
Enfim, é mais do mesmo. Quem gosta, certamente vai tolerar os clichês (como os protagonistas sempre escapando dos perseguidores por um triz) e os absurdos da trama. O maior deles, claro, reside no fato de que o vilão não precisava ter montado todo aquele esquema para liberar sua arma química, muito menos esconder dos seus seguidores ou fugir de quem estava querendo pegá-la para vender a terroristas. O sujeito tinha total convicção que a solução para todos os problemas do mundo era acabar com a superpopulação atual, portanto faria qualquer coisa para que seu plano desse certo o mais rápido possível, não é mesmo?
Apesar da trilha sonora péssima do sempre abominável Hans Zimmer e dos defeitos apontados acima, é perfeitamente desfrutável, principalmente graças ao ótimo elenco e pelas locações exóticas e fotogênicas. Todavia, é mais indicado para quem gosta de ver citações superficiais a autores e obras famosas e de mistérios que, claro, são sempre explicados de forma didática no final para que ninguém fique se achando burro. Mas, em tempos de “Velozes e Furiosos” e outras imbecilidades terminais até que dá pra louvar algo que pelo menos estimula as pessoas a conhecerem um pouco de ciência e arte, convenhamos...
Cotação: * * 1/2
Esse é o primeiro filme baseado na obra do Dan Brown que eu comento, mas o texto vale para os outros dois primeiros numa boa, afinal seguem o mesmo padrão esquemático que o autor aplica nos seus livros. Qual seja: uma trama extremamente rebuscada e rocambolesca que une conceitos pseudo-científicos, um conhecimento razoável de obras clássicas e perseguições em várias localidades turísticas europeias enquanto o herói tenta decifrar os quebra-cabeças deixados para trás, sempre acompanhado de uma bela mulher. Sem dúvida uma fórmula eficaz que atrai os mais variados tipos de leitores e espectadores.
O mais popular acabou sendo “O Código Da Vinci” que realmente era mais interessante, talvez por girar em cima da obra do genial artista e inventor Leonardo Da Vinci e também por trazer conjecturas bastante pertinentes sobre a vida de Jesus, principalmente no papel que Maria Madalena teria em sua vida. O segundo tratava de uma trama completamente absurda que visava em última instância levar um extremista ao posto de Papa da igreja Católica.
Esse “Inferno” segue a mesma toada. A maior diferença é que começa já em plena ação, com o professor Langdon (Tom Hanks, sempre carismático) acordando em um hospital com amnésia e sendo perseguido por várias organizações, enquanto tenta desvendar mais um mistério que agora usa a obra de Dante para montar as peças do quebra-cabeça que pode levar à liberação de uma doença que vai exterminar quase toda a humanidade.
Enfim, é mais do mesmo. Quem gosta, certamente vai tolerar os clichês (como os protagonistas sempre escapando dos perseguidores por um triz) e os absurdos da trama. O maior deles, claro, reside no fato de que o vilão não precisava ter montado todo aquele esquema para liberar sua arma química, muito menos esconder dos seus seguidores ou fugir de quem estava querendo pegá-la para vender a terroristas. O sujeito tinha total convicção que a solução para todos os problemas do mundo era acabar com a superpopulação atual, portanto faria qualquer coisa para que seu plano desse certo o mais rápido possível, não é mesmo?
Apesar da trilha sonora péssima do sempre abominável Hans Zimmer e dos defeitos apontados acima, é perfeitamente desfrutável, principalmente graças ao ótimo elenco e pelas locações exóticas e fotogênicas. Todavia, é mais indicado para quem gosta de ver citações superficiais a autores e obras famosas e de mistérios que, claro, são sempre explicados de forma didática no final para que ninguém fique se achando burro. Mas, em tempos de “Velozes e Furiosos” e outras imbecilidades terminais até que dá pra louvar algo que pelo menos estimula as pessoas a conhecerem um pouco de ciência e arte, convenhamos...
Cotação: * * 1/2
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