SUSPENSE DOS BONS
O diretor Giuseppe Tornatore é um dos poucos que ainda conseguem fazer filmes de suspense com qualidade e clima sombrio sem ter que apelar para sustos falsos ou sangueira explícita.
- por André Lux, crítico-spam
O diretor Giuseppe Tornatore, de “Cinema Paradiso”, é um dos poucos que ainda conseguem fazer filmes de suspense com qualidade e clima verdadeiramente sombrio sem ter que apelar para sustos falsos ou sangueira explícita. Em “A Desconhecida”, ele demonstra novamente seu talento para contar histórias densas e sufocantes como já havia utilizado no excepcional “Uma Simples Formalidade”.
Aqui a trama não é tão complicada, porém o cineasta tira proveito máximo das situações utilizando enquadramentos rebuscados, música sinistra e onipresente do mestre Ennio Morricone e direção de fotografia enervante para contar a saga de uma misteriosa mulher que se aproxima de uma família com motivação obscura. Aos poucos o roteiro vai desvendando seus objetivos reais e seu terrível passado, enquanto tragédias vão se acumulando em seu caminho.
Não é um filme fácil de ver e Tornatore filma sem concessões até o final dramático, que mostra um drama muito atual que é o tráfico de mulheres do leste europeu. Mas quem gosta de um bom suspense, cheio de clima e mistério, não pode perder.
Cotação: * * * *
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