Filme tolo e sem sentido tenta misturar ficção científica, crítica política e comédia sem sucesso
- por André Lux, crítico-spam
É uma grande porcaria este “Mickey 17”, o novo filme do
queridinho da crítica Bong Joon Ho que ganhou o Oscar de melhor diretor com “Parasita”,
uma obra supervalorizada na minha opinião. A Warner deu um cheque em branco
para o cineasta realizar seu próximo projeto e o resultado é desastroso em
todos os sentidos.
O filme custou 120 milhões de dólares e não vai render nem
metade, causando um gigantesco prejuízo para o estúdio. Mas não era para menos.
“Mickey 17” é um projeto tolo e sem sentido, que tenta misturar sem sucesso ficção
científica, crítica política e comédia, culpa de um roteiro caótico e da direção
frenética de Ho que se mostra incapaz de controlar seus atores, deixando todo
mundo histérico e apelando para um tipo de humor que faria vergonha para o extinto
Zorra Total da rede Globo.
Os piores são o sempre péssimo Mark Ruffalo, aqui fazendo
uma parodia grotesca de Trump, e Toni Collette como sua esposa, uma boa atriz
que às vezes descamba para o ridículo quando mal dirigida. O único que se salva
é o coitado do Robert Pattinson como Mickey, mas seu personagem é mal delineado
e tem mudanças de personalidade sem lógica, afinal são clones do original que
inclusive tem implante das memórias dele.
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Os insuportáveis |
O terceiro ato é incrivelmente arrastado, principalmente quando aparecem uns aliens nativos do planeta que pretendem colonizar e ameaçam uma guerra, mas é tudo muito chato e a solução para o conflito é simplesmente patética. O filme poderia ter meia hora a menos e a culpa disso é do próprio Bong Joon Ho já que é dele o corte final.
Feio (o desenho de produção é péssimo), mal dirigido,
arrastado e apelando para um tipo de humor rasteiro e histérico, “Mickey 17” é
um filme a ser evitado.
Cotação: *
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