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segunda-feira, 17 de março de 2025

“Mickey 17” é uma grande porcaria!

Filme tolo e sem sentido tenta misturar ficção científica, crítica política e comédia sem sucesso

- por André Lux, crítico-spam

É uma grande porcaria este “Mickey 17”, o novo filme do queridinho da crítica Bong Joon Ho que ganhou o Oscar de melhor diretor com “Parasita”, uma obra supervalorizada na minha opinião. A Warner deu um cheque em branco para o cineasta realizar seu próximo projeto e o resultado é desastroso em todos os sentidos.

O filme custou 120 milhões de dólares e não vai render nem metade, causando um gigantesco prejuízo para o estúdio. Mas não era para menos. “Mickey 17” é um projeto tolo e sem sentido, que tenta misturar sem sucesso ficção científica, crítica política e comédia, culpa de um roteiro caótico e da direção frenética de Ho que se mostra incapaz de controlar seus atores, deixando todo mundo histérico e apelando para um tipo de humor que faria vergonha para o extinto Zorra Total da rede Globo.

Os piores são o sempre péssimo Mark Ruffalo, aqui fazendo uma parodia grotesca de Trump, e Toni Collette como sua esposa, uma boa atriz que às vezes descamba para o ridículo quando mal dirigida. O único que se salva é o coitado do Robert Pattinson como Mickey, mas seu personagem é mal delineado e tem mudanças de personalidade sem lógica, afinal são clones do original que inclusive tem implante das memórias dele.

Os insuportáveis

O terceiro ato é incrivelmente arrastado, principalmente quando aparecem uns aliens nativos do planeta que pretendem colonizar e ameaçam uma guerra, mas é tudo muito chato e a solução para o conflito é simplesmente patética. O filme poderia ter meia hora a menos e a culpa disso é do próprio Bong Joon Ho já que é dele o corte final.

Feio (o desenho de produção é péssimo), mal dirigido, arrastado e apelando para um tipo de humor rasteiro e histérico, “Mickey 17” é um filme a ser evitado.

Cotação: *

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