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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Filmes: "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei

O FIM DE TODAS AS COISAS

Dificilmente veremos novamente um espetáculo cinematográfico tão emocionante e perfeito quanto a saga do Anel de Peter Jackson

- por André Lux, crítico-spam

O RETORNO DO REI fecha com chave de ouro uma arriscada jornada que o cineasta Peter Jackson se propôs a fazer: transcrever para os cinemas a monumental obra de J.R.R. Tolkien considerada por muitos infilmável. Mas, como já havia ficado claro desde o primeiro capítulo da saga, A SOCIEDADE DO ANEL, Jackson conseguiu superar até as mais otimistas das expectativas. Fez todas as escolhas certas: recrutou um elenco excepcional, escreveu um roteiro ao mesmo tempo enxuto e fiel aos livros, cercou-se de técnicos despojados e dispostos a reinventar o cinema de fantasia e, demonstrando incrível inteligência, contratou um músico de primeiríssima linha, Howard Shore, para compor a trilha sonora de seus filmes.

E toda essa paixão e exuberância estão impressas nas telas, para quem quiser ver (e, ao que percebemos pelos resultados das bilheterias, poucos não querem). É claro que muitos pontos da história original foram modificados e outros eliminados. Mas, tirando um ou outro problema mais evidente, isso acabam sendo meros detalhes que vão incomodar somente os puristas mais fanáticos pela obra de Tolkien. O mais importante é que O RETORNO DO REI consegue unir todas as pontas soltas da trama de forma não menos que brilhante. É notável a firmeza com o que o diretor conduz o filme, alternando sem pudor momentos de grandeza inigualáveis, como a batalha nos campos de Pellenor (cujos efeitos visuais são realmente de fazer cair o queixo), com outros totalmente intimistas, os quais certamente são um dos pontos chaves para o sucesso dessa empreitada. Tivesse sido deixado levar somente pela sedução das pirotecnias visuais (que destruiu, por exemplo, os novos capítulos de STAR WARS) os filmes certamente teriam fracassado em suas propostas. Mas Jackson sabe criar brechas em toda aquela grandiloqüência visual para que os personagens deixem suas marcas de maneira louvável.

Existem falhas, é claro, como os sucessivos finais (embora, por mim, poderiam ter tido mais uns oito que seriam bem vindos!). Mas, num projeto dessa envergadura, tão calcado em efeitos especiais dificílimos de serem engendrados, enumerá-los seria uma espécie de "atestado de boçalidade". Deixamos essa patética tarefa, portanto, aos cuidados daqueles sujeitos que não se negam (e até se orgulham) a desempenhar tal papel (como insistir em reclamar da participação da soporífera Enya em duas canções do primeiro filme)...

A Academia de Cinema de Holywood demonstrou ter credibilidade dando a O RETORNO DO REI o Oscar de Melhor Filme e tantos outros. Afinal, gostemos ou não, são os prêmios máximos da Indústria Cultural estadunidense e ela mais do que ninguém deveria saber reconhecer o sucesso desse esforço monumental de Peter Jackson e de todos outros que se envolveram em sua empreitada. Sinceramente, não há mais o que dizer. É ver para crer. E tentar segurar as lágrimas que certamente rolarão em diversos pontos chaves do filme. Mas a maior tristeza é saber, exatamente no “fim de todas as coisas”, que dificilmente veremos um espetáculo cinematográfico tão emocionante e perfeitamente realizado novamente.

Cotação: * * * * *

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