Essa é mais uma batida história de inteligência artificial criando consciência num ser mecânico
- por André Lux, crítico-spam
É muito ruim esse novo filme do diretor Neill Blomkamp, que chamou a atenção com o interessante "Distrito 9" e logo depois fez o fraco "Elysium". Ele certamente ficou animado com os holofotes que recebeu graças ao seu primeiro longa e resolveu fazer um filme atrás do outro para aproveitar a onda positiva.
Mas essa estratégia vai acabar virando um tiro no pé, já que a qualidade de seus filmes vem caindo visivelmente e pode decretar um fim abrupto na carreira do sujeito.
Porque fica bem óbvio que ele concebeu esse "Chappie" ainda durante as filmagens de "Elysium", que também mostrava um futuro onde robôs agiam como policiais. Aí ele esticou esse ideia, que por sinal não é nada original, e a transformou em mais uma daquelas histórias que envolvem inteligência artificial criando consciência num ser mecânico que está entre as mais velhas do gênero ficção científica. Acaba sendo uma espécie de "Robocop dos Pobres" ou algo parecido. E é muito similar ao simpático "Short Circuit", de 1986 (chamado de "O Incrível Robô" por aqui) e sua continuação, que também mostrava o robozinho sendo manipulado por ladrões para roubar carros para eles.
Se ao menos o roteiro fosse minimamente inteligente o filme poderia até ser desfrutável, mas é simplesmente pavoroso, repleto de absurdos, falta de lógica e personagem ridículos ou simplesmente desprezíveis. Alguns diálogos são dignos das "melhores" produções trash e ao menos fazem a gente rir quando era para levar a sério. Principalmente quando saem da boca da dupla que faz os traficantes que "adotam" o robô, feita por dois componentes de um grupo de rap sul-africano chamado Die Antwoord que são tão ruins que chega a dar pena. Hugh Jackman, o "Wolverine", também dá um show de canastrice como o vilão que anda de bermuda e usa um penteado de nerd ridículo.
- por André Lux, crítico-spam
É muito ruim esse novo filme do diretor Neill Blomkamp, que chamou a atenção com o interessante "Distrito 9" e logo depois fez o fraco "Elysium". Ele certamente ficou animado com os holofotes que recebeu graças ao seu primeiro longa e resolveu fazer um filme atrás do outro para aproveitar a onda positiva.
Mas essa estratégia vai acabar virando um tiro no pé, já que a qualidade de seus filmes vem caindo visivelmente e pode decretar um fim abrupto na carreira do sujeito.
Porque fica bem óbvio que ele concebeu esse "Chappie" ainda durante as filmagens de "Elysium", que também mostrava um futuro onde robôs agiam como policiais. Aí ele esticou esse ideia, que por sinal não é nada original, e a transformou em mais uma daquelas histórias que envolvem inteligência artificial criando consciência num ser mecânico que está entre as mais velhas do gênero ficção científica. Acaba sendo uma espécie de "Robocop dos Pobres" ou algo parecido. E é muito similar ao simpático "Short Circuit", de 1986 (chamado de "O Incrível Robô" por aqui) e sua continuação, que também mostrava o robozinho sendo manipulado por ladrões para roubar carros para eles.
Se ao menos o roteiro fosse minimamente inteligente o filme poderia até ser desfrutável, mas é simplesmente pavoroso, repleto de absurdos, falta de lógica e personagem ridículos ou simplesmente desprezíveis. Alguns diálogos são dignos das "melhores" produções trash e ao menos fazem a gente rir quando era para levar a sério. Principalmente quando saem da boca da dupla que faz os traficantes que "adotam" o robô, feita por dois componentes de um grupo de rap sul-africano chamado Die Antwoord que são tão ruins que chega a dar pena. Hugh Jackman, o "Wolverine", também dá um show de canastrice como o vilão que anda de bermuda e usa um penteado de nerd ridículo.
"Mamãe, eu quero ser nerd!" |
E que empresa é aquela, que fabrica robôs policiais de última geração, mas não tem segurança nenhuma? Os caras entram e saem a hora que querem levando equipamentos secretos e fica por isso mesmo. O engenheiro vilão ameaça um dos funcionários com uma arma no meio de todo mundo e nada acontece. E assim por diante.
O robô é até bem feito e em alguns momentos quase convence, mas tudo é destruído pelos diálogos inacreditáveis e a insistência em transformar ele numa espécie de gangster robótico cheio de jinga e malandragem.
E, como de costume, o abominável Hans Zimmer destrói o pouco que resta do filme com uma música totalmente eletrônica que é tão primária e nojenta que nos "melhores" momentos soa como alguém espancando o sintetizador com um gato no cio.
É triste que um cineasta que demonstrou tanta garra e originalidade em seu primeiro filme se perca dessa forma, afinal não é todo dia que a gente tem contato com a cultura sul-africana. Vamos torcer para que ele dê um passo para trás e conceba seus novos projetos com mais carinho e cuidado, sem pressa. E sem Zimmer, por favor...
Cotação: *
Se você pudesse dar impeachment em um presidente por qualquer razão, qual seria?
ResponderExcluirobs:só vale dar impeachment em apenas um presdente, ele tem que ser brasileiro, e FHC não conta(porque com certeca você escolheria ele)