CULT POR EXCELÊNCIA
Obra resiste muito bem a uma revisão e continua a ser um dos mais bem sucedidos filmes "B" da história do cinema
- por André Lux, crítico-spam
"Fuga de Nova York" é uma mistura inteligente e eficaz de vários elementos de ficção científica, faroeste e terror, todos muito bem orquestrados pelo diretor John Carpenter (de "Halloween - A Noite do Terror" e "Starman"), que usa toda sua criatividade para disfarçar o baixo orçamento do filme (apenas US$ 6 milhões).
Calcando seu roteiro em cima da figura carismática do anti-herói rabugento e arredio Snake Plissken (Kurt Russel, em ótima interpretação), Carpenter consegue o milagre de nos fazer acreditar numa trama completamente absurda cujo ponto de partida é a transformação da cidade de Nova York numa prisão de segurança máxima, dentro da qual são jogados (para nunca mais voltar) todos os tipo de criminosos.
Essa premissa maluca ganha contornos ainda mais surreais quando o avião do presidente dos EUA, o Força Aérea Um, é seqüestrado por rebeldes contrários ao governo chamado por eles de fascista e jogado dentro da prisão. Mas o presidente escapa, só para ser capturado pela gangue liderada pelo temível Duque de Nova York (o cantor negro Isaac Hayes). O problema é que o mundo está em guerra e o presidente estava indo justamente para uma conferência de paz apresentar uma fita Cassete (que coisa datada!) que iria mudar os rumos do conflito (não era mais fácil pegar o cara que falava na fita e leva-lo até a tal reunião?).
Como não podem invadir o presídio, resta ao chefe de polícia (Lee Van Cleef, o "Mau" de "Três Homens em Conflito" e de outros filmes de Sergio Leone) coagir Snake, ex-soldado e recém-condenado a ser jogado na prisão de NY, a ajudar no resgate. Obviamente que ele aceita com relutância sem saber que só tem 22 horas para entrar e sair com o presidente, caso contrário será o fim da conferência e também do próprio Snake, que teve injetado em seu corpo duas cápsulas explosivas que só podem ser desativadas pela equipe da polícia!
Mesmo com tantos absurdos na trama, Carpenter segura com mão firme seu roteiro e para isso conta com um desenho de produção que sabe explorar muito bem as locações e com a ótima fotografia de Dean Cundey (ele depois iria trabalhar com Spielberg em vários filmes). Os efeitos especiais também são muito eficientes e nunca parecem ter sido feitos com parcos recursos. James Cameron, diretor de "Titanic", foi um dos que ajudaram na confecção dos efeitos, muito antes de sonhar em ficar famoso! A trilha musical, feita pelo próprio Carpenter em parceria com Alan Howart, também é um dos ponto altos e garante ao filme um clima de opressão e suspense constantes.
Graças a tudo isso "Fuga de Nova York" virou cult e conquistou uma grande quantidade de apreciados, gerando inclusive várias imitações. Mas a obra resiste muito bem a uma revisão e continua a ser um dos mais bem sucedidos filmes "B" da história do cinema e, na minha opinião, o melhor filme do diretor John Carpenter até hoje, inclusive no excelente uso do humor negro, da crítica social e da ironia.
15 anos depois, a mesma equipe produziu uma espécie de continuação, chamada "Fuga de Los Angeles", mas infelizmente não conseguiram chegar nem perto das qualidades do original.
Cotação: * * * *
tem razão fuga de nova York é Classic ,com Kurt Russell como Snake Plissken
ResponderExcluird+ ,mais a historia é meio longa,na minha opinião evolui muito devagar,agora os efeitos 3d da hora,apesar de não ser muito porque o filme é antigo,bem é isso ai ,a
se quiser da uma visitinha no meu blog falo de filmes series e posto contos de terro meu blog é
csiultrajumpblog.blogspot.com
Lee Van Cleef é o "Mau". O "Feio" é o Eli Wallach.
ResponderExcluirOpa, vc tem razão. Valeu!
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