Embora tenha essa a boa notícia, episódio traz vários dos mesmos defeitos que atrapalham a série desde o início
- Por André Lux
Enfim melhora a segunda temporada de “The Mandalorian” com
um episódio que finalmente move o enredo (um pouco) para frente, introduzindo
uma personagem importante das animações “Clone Wars” e “Rebels” chamada
Bo-Katan que também é mandaloriana e tem planos de retomar o trono do planeta
natal deles (por isso o episódio tem o nome de “A Herdeira”). Pena que ela é feita
por Katee Sackhoff (que fazia a voz dela nas animações e foi Starbuck na nova adaptação
de “Battlestar Galactica”), uma atriz bonita, porém muito fraca.
Embora tenha a boa notícia de que vai ligar a série ao
universo expandido de “Star Wars”, esse 11º capítulo traz vários dos mesmos
defeitos que atrapalham “The Mandalorian” desde o início. A começar por ser
mais um enredo onde o protagonista é forçado a participar de uma missão contra
sua vontade para só depois receber algo que precisa. Essa premissa é a base de
80% da série até agora. Será que não conseguem bolar algo diferente para movimentar
a trama?
Não bastasse isso, nosso “herói” novamente age como um
perfeito idiota, confiando em personagens no mínimo suspeitos só para cair em emboscada
e ser salvo na última hora por terceiros. Sério, se não fossem os benditos “deux-ex-machina”
que surgem do nada esse mandaloriano já estaria morto faz tempo! Isso
enfraquece demais um personagem que tentam pintar como inteligente e preparado
para enfrentar qualquer situação, mas que a cada episódio toma decisões
risíveis e coloca ele mesmo e sua preciosa companhia em situações mortais sem
necessidade ou justificativa.
Neste episódio ao menos a ação é mais interessante e, como
disse, conta com a participação de personagens com ligação ao que seria a trama
principal da série, fazendo menção a acontecimentos importantes da primeira
temporada e mostrando novamente Moff Gideon (Giancarlo Spositto) e seu sabre de
luz negra.
Mas ainda é pouco para uma série que terá apenas oito episódios
de curta duração e já queimou três capítulos sem praticamente avançar o enredo
para além das “side quests”. Fica cada mais forte a impressão que “The
Mandalorian” tem como objetivos maiores jogar a maior quantidade possível de “fan
service” para ludibriar os fanáticos enquanto abre as portas para gerar outras
séries a partir dos novos personagens que estão sendo introduzidos na série.
Cotação: * * *
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