Sucesso do filme mostra que esse tipo de conto de fadas machista ainda faz a cabeça de muita gente
- por André Lux, crítico-spam
É impossível analisar um filme como "Cinderela" objetivamente, afinal trata-se de uma das histórias mais manjadas de todos os tempos.
Além disso, já deu origem a incontáveis adaptações, começando pelo desenho clássico de 1950 e passando por dezenas de releituras para os cinemas e vídeo.
O que se pode dizer com certeza é que esse conto de fadas é um dos maiores responsáveis por "envenenar" a mente das crianças, principalmente as mulheres, com valores machistas e patriarcais, que incentivam as mulheres a serem eternamente passivas, submissas e sempre à espera de um "príncipe encantado" lindo e, claro, rico que será a fonte de toda a felicidade e conforto para elas.
Nesse sentido, a nova versão com atores de carne e osso não faz muito para mudar esse quadro, embora o diretor Kenneth Branagh se esforce para deixar a protagonista mais ativa e menos submissa. Mas é muito pouco, ainda mais depois da enxurrada de filmes e animações atuais que buscam colocar a mulher como dona do próprio nariz e lutando pela felicidade sem precisar se apoiar em um homem para isso (vide "Frozen", "Malévola", "Valente", entre outros).
A seu favor, o novo "Cinderela" tem um belíssimo desenho de produção feito pelo mestre Dante Ferreti. A trilha musical de Patrick Doyle, colaborador habitual de Branagh desde "Henrique V", é bonita e funciona bem com as imagens. Mas quem rouba a cena é Cate Blanchet, como a Madrasta, que além de ser belíssima, consegue colocar um peso na personagem nunca visto antes.
O mesmo não se pode dizer da moça que faz o papel título, uma certa Lily James, insonsa e sem qualquer carisma. Não chega a ser má atriz, mas não convence nem um pouco no quesito sedução, o que deixa o filme capenga, especialmente quando o príncipe, feito pelo rapaz que foi o Robb Stark em "Game of Thrones", tem que cair de amores por ela. Mais verossímil seria ele se apaixonar pela maravilhosa Madrasta...
Sou obrigado a dizer que erraram em não incluir canções no filme - e isso vindo de alguém que não suporta musicais! Nem mesmo a fada madrinha (feita pela horrível Helena Bonham Carter usando uns ridículos dentes postiços) canta a famosa "Bibidi-Bobi-Boo". Certamente algumas canções teriam deixado tudo mais mágico e ligeiro.
O que se pode dizer com certeza é que esse conto de fadas é um dos maiores responsáveis por "envenenar" a mente das crianças, principalmente as mulheres, com valores machistas e patriarcais, que incentivam as mulheres a serem eternamente passivas, submissas e sempre à espera de um "príncipe encantado" lindo e, claro, rico que será a fonte de toda a felicidade e conforto para elas.
Nesse sentido, a nova versão com atores de carne e osso não faz muito para mudar esse quadro, embora o diretor Kenneth Branagh se esforce para deixar a protagonista mais ativa e menos submissa. Mas é muito pouco, ainda mais depois da enxurrada de filmes e animações atuais que buscam colocar a mulher como dona do próprio nariz e lutando pela felicidade sem precisar se apoiar em um homem para isso (vide "Frozen", "Malévola", "Valente", entre outros).
A seu favor, o novo "Cinderela" tem um belíssimo desenho de produção feito pelo mestre Dante Ferreti. A trilha musical de Patrick Doyle, colaborador habitual de Branagh desde "Henrique V", é bonita e funciona bem com as imagens. Mas quem rouba a cena é Cate Blanchet, como a Madrasta, que além de ser belíssima, consegue colocar um peso na personagem nunca visto antes.
O mesmo não se pode dizer da moça que faz o papel título, uma certa Lily James, insonsa e sem qualquer carisma. Não chega a ser má atriz, mas não convence nem um pouco no quesito sedução, o que deixa o filme capenga, especialmente quando o príncipe, feito pelo rapaz que foi o Robb Stark em "Game of Thrones", tem que cair de amores por ela. Mais verossímil seria ele se apaixonar pela maravilhosa Madrasta...
Sou obrigado a dizer que erraram em não incluir canções no filme - e isso vindo de alguém que não suporta musicais! Nem mesmo a fada madrinha (feita pela horrível Helena Bonham Carter usando uns ridículos dentes postiços) canta a famosa "Bibidi-Bobi-Boo". Certamente algumas canções teriam deixado tudo mais mágico e ligeiro.
Porque a trama é tão previsível e conhecida que acaba sendo meio tedioso acompanhar tudo, ainda mais levado tão a sério como nesta versão. Estranhei ao descobrir que o filme tem apenas 105 minutos, pois tive a impressão que é bem mais longo, o que é sempre um mau sinal.
Mas esse é um daqueles filmes à prova de crítica, afinal está fazendo enorme sucesso, principalmente entre seu público alvo: as mulheres. Na sessão que participei, elas gritavam, vaiavam e aplaudiam muito. Sinais de que esse tipo de conto de fadas machista ainda faz a cabeça de muita gente...
Cotação: * * *
Mas esse é um daqueles filmes à prova de crítica, afinal está fazendo enorme sucesso, principalmente entre seu público alvo: as mulheres. Na sessão que participei, elas gritavam, vaiavam e aplaudiam muito. Sinais de que esse tipo de conto de fadas machista ainda faz a cabeça de muita gente...
Cotação: * * *
Raramente gostado as novas versões dessas histórias cláiscas. Mas Cinderela , é certamente, uma produção bem a pena ver, ilusão, magia e amor em que irá cativá-lo. Um dos mais belos filmes de Disney.
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