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COISA DE DOIDO, MEU!
Morra de rir com as trapalhadas dos hypies Wood e Stock e de mais um monte de personagens que pulam diretamente das páginas da Chiclete com Banana para a tela.
- por André Lux, jornalista e crítico-spam
É uma delícia esse desenho animado dirigido por Otto Guerra, fielmente baseado nas tirinhas em quadrinhos do Angeli. Talvez para os fãs mais ardorosos, que sabem de cor e salteado todas as piadas, o filme perca um pouco da graça já que reproduz quase na íntegra o que já foi lido nas revistas.
Mesmo assim, não há como não rir das trapalhadas aprontadas pela dupla de hypies jurássicos Wood e Stock (ambos totalmente perdidos no mundo atual de consumismo sem sentido e ausência de ideais) e por mais um monte de personagens que pulam diretamente das páginas da saudosa Chiclete com Banana para a tela. Entre eles, Rê Bordosa, Rampal, o Paranormal, Rhalah Rikota, os Escrotinhos, Mara Tara e os revolucionários-utópicos Meiaoito e Nanico. Até o Bob Cuspe dá o ar da graça rapidinho.
Toda essa turma da pesada está unida por um fiapo de história que começa com Stock indo morar no apartamento do Wood depois que o pai morre e ele fica sem mesada. A novidade estressa Lady Jane, a transcendental esposa do maluco-beleza, e ela resolve fazer um retiro espiritual com o guru Rhalah.
Abandonados à própria sorte, sem comida ou qualquer noção de higiene, os dois bichos-grilos sem causa revezam o dia entre o vício da televisão e o de fumar orégano no banheiro. Os problemas começam quando a erva acaba e eles, no desespero, resolvem bolar um jeito de ganhar dinheiro. A primeira idéia, arrumar um emprego, é logo descartada, afinal, informa Wood, eles não lutaram tanto pelos seus cabelos compridos para de repente se renderem ao sistema! Vem então a brilhante inspiração de reunirem a velha banda de rock'n'roll “Chiqueiro Elétrico” depois de um delírio alcoólico em que ninguém menos do Raul Seixas (na voz de Tom Zé) aparece para Wood e explica: “a formiga trabalha porque não sabe cantar!”.
No meio dessa confusão toda, a Rê Bordosa tem presença de destaque e ganha uma interpretação impagável na voz da roqueira Rita Lee, cuja vida, segundo ela mesma, inspirou a personagem. Merecem destaque também os desempenhos de Zé Victor Castiel (como Wood) e Sepé Tiaraju de Los Santos (como um Stock com perfeito sotaque de paulista da gema), ambos muito engraçados!
Não seria totalmente injusto reclamar um pouco dos roteiristas que desperdiçam oportunidades de explorar melhor situações potencialmente ricas, especialmente a que envolve a troca dos filhos (Overall não agüenta mais o pais malucos, enquanto o outro morre de vontade de fugir dos parentes caretas), enquanto repetem outras desnecessariamente (como o ensaio da banda, cujo vocalista é o porco Sunshine). Mas não é nada que prejudique o resultado final, pelo contrário: a gente é que fica com aquele gostinho de “quero mais” na boca!
Outro ponto alto da animação é a trilha musical de Matheus Walter e Flu e o uso de canções de Rita Lee, Tom Zé e Júpiter Maçã que evocam com perfeição o clima nostálgico dos anos psicodélicos, principalmente na conclusão esperta.
Veja, reveja, compre, pois vale a pena!
Cotação: * * * *
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Difícil encontrar aqui neste asilo. Mas em todo caso, como sou super-fã, vou procurar em Fortaleza.
ResponderExcluirAbraços.
André, me ajude , onde comprar via internet ???????????????
ResponderExcluirAinda não saiu para compra, apenas para locação...
ResponderExcluircumpadi por favor diga me onde comprar esse maravilhoso filme,ainda nao consegui saber aonde vende,nao quero pirata mas...q jeito.
ResponderExcluirpreciso retornar a minha adolescencia.
Achei aqui:
ResponderExcluirhttp://www.livrariasaraiva.com.br/produto/2589923/wood-stock-sexo-oregano-e-rockin-roll-dvd4/?ID=BB6AED047DB071A141D180555&PAC_ID=25371