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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Filmes: "O Exterminador do Futuro: Gênesis"

RECOMEÇO DA CONTINUAÇÃO DA REFILMAGEM

Quinto filme da franquia do “Terminator” quer tirar leite de pedra e se perde em roteiro sem sentido

- por André Lux, crítico-spam

Os executivos de Róliudi estão sempre tentando desesperadamente tirar leite de pedra quando se trata de franquias de sucesso como “Jurassic Park” e tantas outras. E com “O Exterminador do Futuro” não poderia ser diferente.

O filme original de James Cameron, que de certa forma revolucionou o gênero ficção científica em 1984, ganha então mais uma continuação (a quinta!) que deveria funcionar também como um “recomeço” (ou reboot, como chamam os estadunidenses) para a série, como está na moda atualmente (vide “Jurassic World”  ou o novo "Robocop", por exemplo). Ou seja, esse “O Exterminador do Futuro: Gênesis” é um recomeço da continuação da refilmagem... ou coisa do tipo.

Inventam então uma nova história em que os protagonistas revisitam várias cenas do filme original de 1984, bem no estilo do que fizeram em “De Volta para o Futuro 2”. Mas o resultado é pífio, pois o roteiro não faz o menor sentido e tudo parece forçado, especialmente quando alguém tenta explicar o vai e vem de personagens e as diferentes linhas de tempo que o novo filme cria (“O Exterminador do Futuro: A Salvação” é solenemente ignorado).

A revelação do novo vilão do filme até poderia gerar alguma surpresa se já não tivessem mostrando isso no trailer do filme. Sem dizer que também não faz o menor sentido a existência dele e também não se explica porque simplesmente não mata Sarah Connor e Kyle Reese de cara.

Pra piorar tudo, temos uma trilha musical medonha composta por um tal de Lorne Balfe, que é mais um discípulo do abominável Hans Zimmer, que faz a trilha original eletrônica de Brad Fiedel parecer algo genial. Balfe usa até as insuportáveis “Cornetas da Perdição”, que Zimmer inventou para “A Origem” e agora todo mundo parece que é obrigado a usar em tudo quanto é filme!

O elenco é fraco, com a jovem Emilia Clarke de “Game of Thrones” tomando o papel que já foi de Linda Hamilton, mas sem deixar qualquer marca. O ator que colocaram para ser John Connor, o líder dos rebeldes no futuro (Jason Clarke, que esteve em "Planeta dos Macacos: O Confronto), também é muito sem graça e com aquela cara de bolacha que tem não convence nem um minuto como super-soldado.

O único que livra a cara é o Arnaldão que, embora esteja bem acabado, mantém seu carisma e ainda consegue dar alguma dignidade ao Exterminador, sem perder o bom humor com frases do tipo “Estou velho, mas não obsoleto” e as caretas de sempre. Se bem que ver a heroína do filme chamando o velho Terminator de "papi" não ajude muito...



Tecnicamente o filme não passa do medíocre e alterna efeitos especiais excelentes com outros que parecem de vídeo game. A direção de Alan Taylor, do fraco “Thor 2”, é impessoal e burocrática, o que fica evidente nas várias cenas de ação do filme, que até são bem feitas, mas nunca empolgam o suficiente para marcar. 


A melhor coisa acaba sendo ver o velho Arnold lutando com seu outro eu mais jovem e pelado - feito por um ator que se parece fisicamente com ele em 1984, mas com seu rosto colocado digitalmente em cima, o que não deixa de ser bizarro para dizer o mínimo!

Mas o pior mesmo é a conclusão, que obviamente não faz o menor sentido, recusa-se a responder várias questões nebulosas (como quem mandou o velho Terminator com sua nova missão) e ainda deixa a porta aberta para mais uma continuação, que certamente vão ser produzidas até quando o público simplesmente desistir de pagar para ver tanta besteira junta.

Cotação: **