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sábado, 26 de novembro de 2011

Filmes: "A Coisa"

COISA MAIS SEM GRAÇA

Filme não passa de um amontoado de cenas de ação, correria e efeitos visuais exagerados que não transmitem qualquer emoção

- por André Lux, crítico-spam

É uma decepção total esse prólogo do filme de terror cult de 1982 dirigido por John Carpenter "O Enigma de Outro Mundo" (agora chamado corretamente de "A Coisa"). A nova obra se propõe a contar o que aconteceu no acampamento dos noruegueses que encontraram o alien enterrado no gelo e tenta ao máximo seguir os passos do filme anterior no design visual e sonoro. Porém, o resultado não tem graça nenhuma.

O filme já começa em plena ação, com os noruegueses encontrando a nave espacial no pólo norte e depois, com a ajuda de uma paleontóloga estadunidense, desenterram o alienígena que logo foge e já começa a matar indiscriminadamente. Ou seja, tudo é rápido demais, não há qualquer tempo para desenvolver os personagens e muito menos criar algum clima de suspense.

A criatura sai atacando de forma ilógica e incoerente com o que vimos no primeiro filme (no qual ela só se atacava na certeza de isolamento ou quando era exposta). Os efeitos visuais são fracos e as transformações da Coisa não causam nenhum tipo de choque (tão diferente do filme de Carpenter).

Há ainda muitas oportunidades perdidas, como quando entram na espaçonave e nada de interessante acontece. Eles poderiam também tentar se comunicar com a criatura, afinal ela era inteligente o suficiente para viajar pelo espaço sideral e assumia a forma humana, mas que nada, os diálogos são bobos e frouxos e todo mundo já corre tacar fogo na Coisa.

Nem mesmo a tentativa no final de unir as pontas com o filme de John Carpenter chega a convencer e nem vou falar aqui da conclusão da história principal, que é ridícula - o filme simplesmente para e entram os créditos, sem qualquer explicação sobre o destino de um dos sobreviventes!

A trilha musical de Marco Beltrami é interessante e incorpora de maneira inteligente o tema principal composto por Ennio Morricone para o filme original, mas no final das contas o compositor não tem muito o que fazer além de compor música barulhenta já que o filme não passa de um amontoado de cenas de ação, correria e efeitos visuais exagerados que não transmitem qualquer emoção. Lamentável.

Cotação: * 1/2